07 de Outubro de 2024 • 07:52
Autoridades europeias homenagearam nesta quinta-feira os mortos do pior desastre com imigrantes no mar Mediterrâneo. Os únicos 24 corpos recuperados do naufrágio do fim de semana, no qual morreram 800 pessoas, foram velados e serão enterrados em Malta.
Membros da comunidade africana de Malta realizaram uma cerimônia que incluía orações cristãs e muçulmanas. "Nós lamentamos, porque, independentemente do nosso credo, nacionalidade, raça, sabemos que eles são nossos companheiros, são seres humanos", disse um dos membros da comunidade, Gozo Bishop Mario Grech.
O presidente de Malta, o primeiro-ministro, o ministro do Interior da Itália e o comissário de imigração da União Europeia (UE) compareceram na cerimônia.
"A Europa está declarando guerra aos contrabandistas e a união irá colaborar com os parceiros internacionais", disse o comissário da UE para imigração, Dimitris Avramopoulos.
Apenas 28 pessoas sobreviveram ao naufrágio do barco de imigrantes na semana passada e 24 corpos foram recuperados, incluindo o de um adolescente.
Procuradores acusaram o capitão da Tunísia, Mohammad Ali Malek, de 27 anos, e um membro da tripulação Mahmud Bikhit, um sírio de 25 anos, de auxiliar na imigração ilegal. O capitão também é acusado de homicídio culposo, causando um naufrágio, e de sequestros de pessoas, uma vez que um grupo de imigrantes estava fechado no casco e no convés inferior do barco.
Os suspeitos serão interrogados nesta quinta-feira antes de um juiz decidir as sentenças. O advogado de Malek, Massimo Ferrante negou que seu cliente era o responsável.
Enquanto isso, na manhã desta quinta-feira, a guarda costeira resgatou 220 imigrantes que estavam a cerca de 65 quilômetros da costa da Líbia em direção a Catânia, na Sicília.
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