Cotidiano
O 10º Encontro das Secretarias Estaduais da Mata Atlântica reuniu representantes dos 17 estados, com o objetivo de fortalecer estratégias para sua proteção
Segundo relatório da Fundação SOS Mata Atlântica, o desmatamento na Mata Atlântica caiu 14% em 2024 / Divulgação/Governo de SP
Continua depois da publicidade
A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil) recebeu nesta semana o 10º Encontro das Secretarias Estaduais da Mata Atlântica.
O evento reuniu representantes dos 17 estados que abrigam esse bioma, com o objetivo de fortalecer estratégias para sua proteção e impulsionar a restauração florestal.
Continua depois da publicidade
Nos últimos dois anos e meio, São Paulo restaurou uma área equivalente a mais de 20 mil campos de futebol ,cerca de 21 mil hectares. Em 2024, foram 10,4 mil hectares recuperados, enquanto em 2023 o total chegou a 6,6 mil hectares.
Segundo levantamento da Semil, 8,1 mil hectares foram recuperados por meio de restaurações ecológicas, que incluem exigências da Cetesb, projetos voluntários e aplicação de multas.
Continua depois da publicidade
Outros 6,4 mil hectares resultaram de reparação de danos ambientais, 3,3 mil hectares de iniciativas da sociedade civil e 2,9 mil hectares por meio do Programa Refloresta-SP.
Além de São Paulo, participaram do encontro representantes de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe.
Segundo relatório da Fundação SOS Mata Atlântica, o desmatamento na Mata Atlântica caiu 14% em 2024, somando 71.109 hectares, contra 82.531 hectares em 2023.
Continua depois da publicidade
O Atlas da Mata Atlântica também indicou redução de 2% na perda de vegetação madura, com 14.366 hectares desmatados.
O relatório destaca a importância dos sistemas de monitoramento modernos e das ações coordenadas implementadas em São Paulo, que, junto com Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, manteve em 2024 a tendência de redução no desmatamento.
Apesar das condições climáticas extremas de 2024, as Unidades de Conservação paulistas se mostraram mais resistentes, com o fogo atingindo apenas 1,3% dessas áreas.
Continua depois da publicidade
Para conter incêndios, o governo estadual mobilizou 15 mil pessoas, veículos, aviões e helicópteros, além de investir R$ 18,8 milhões em equipamentos, 76% a mais que nos últimos nove anos. Foram mais de 1.598 horas de voo e o lançamento de 7,38 milhões de litros de água sobre áreas afetadas.
A grande novidade para este ano será a Sala de Análise do Fogo, que permitirá antecipar decisões de prevenção e combate, com o uso de drones com câmeras termais e cruzamento de dados de risco e clima em tempo real.
A iniciativa, inspirada em boas práticas de Portugal, visa otimizar as respostas aos incêndios.
Continua depois da publicidade
Além do combate ao fogo, São Paulo tem investido em programas de conservação e geração de renda, como o PSA Juçara e o Guardiões das Florestas.
O PSA Juçara incentiva comunidades tradicionais a cultivar a palmeira-juçara de forma sustentável, com pagamentos por serviços ambientais.
Desde 2021, foram plantadas mais de 260 mil palmeiras em 260 hectares do Vale do Ribeira, e a meta atual é restaurar 600 hectares.
Continua depois da publicidade
Já o programa Guardiões das Florestas reconhece o papel dos povos indígenas na proteção ambiental, remunerando ações em cinco frentes de atuação.
GO programa está em expansão, passando de oito para 14 territórios indígenas atendidos, com investimentos que saltaram de R$ 600 mil para R$ 2,4 milhões.