26 de Abril de 2024 • 12:25
O Diário recebeu a informação ontem de duas ocorrências de casos positivos do novo coronavírus na agência de São Vicente / Nair Bueno/Diário do Litoral
Enquanto a curva crescente da pandemia da Covid-19 no Brasil está longe de diminuir e o Governo Federal não define quando e onde a população contará com a vacina, funcionários das agências do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) da Baixada Santista permanecem em exposição ao contágio, atendendo livremente e sob risco diário de infecção. A situação é semelhante em todo o Estado de São Paulo e deve ser também no Brasil.
Esta semana, o Diário recebeu a informação de duas ocorrências de casos positivos do novo coronavírus na agência de São Vicente. O Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo já se manifestou a respeito e, ontem, informou a possibilidade de, no mínimo, 10 servidores já terem sido contaminados depois da abertura das agências da Baixada.
"A Gerência Santos do INSS é composta por 12 agências: Cubatão, Santos, São Vicente, Praia Grande, Guarujá, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Miracatu, Iguape, Cajati e Registro. Temos em torno de 160 servidores e mais 40 médicos", afirma o diretor Sindicato, Idel Profeta Ribeiro
O Sindicato enviou um ofício Superintendência estadual do órgão cobrando medidas urgentes em São Vicente. "A exigência é, além das medidas protetivas de segurança e saúde no trabalho, a realização de exames periódicos, de 15 em 15 dias. Tivemos dois peritos médicos contaminados em São Vicente e não foi garantido os exames de PCR. Foi feito, pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o exame de sangue do dedo, que dá muito caso de falso positivo, com 70% de erro", alerta o sindicalista.
TESTAGEM.
Também dentre as cobranças estão a testagem dos servidores e prestadores de serviço, desinfecção e sanitização do local de trabalho, fechamento da agência neste período e medição da temperatura de todos que adentrarem no prédio. O Sindicato aguarda a manifestação do órgão com o plano de ação para sanar a gravidade do problema e, caso fique sem respostas, como ocorreu em recentes ofícios enviados, tomará as medidas cabíveis para resguardar a vida das pessoas.
"Nossas unidades são todas fechadas com ar condicionado central o que por si só é um risco. Portanto, não se pode falar que a segurança sanitária nas nossas unidades, ainda que o básico está sendo feito, exceto a aferição periódica. Em tempos de segunda onda estamos vivendo um constante risco", alerta Idel Profeta.
NÚMEROS.
Em ofício encaminhado ao Sindicato em 18 de dezembro último, a Superintendência Regional do INSS, em São Paulo, informou que, após a abertura das agências, 48 servidores foram afastados devido à Covid-19 em todo o Estado. Também foram registrados dois óbitos em decorrência da pandemia, mas não há registro de outros servidores afastados.
Ainda segundo informado, com referência a aplicação de testes para diagnóstico da Covid-19, foi estabelecida parceria com órgãos de saúde pública o que possibilitou a testagem de servidores de 20 unidades do INSS.
Em relação ao estoque atual de equipamentos de Proteção Individual (EPIs), as unidades dispõem de cerca de 233 mil máscaras descartáveis; oito mil frascos de álcool em gel; três mil gorros; quase dois mil aventais e 93 luvas descartáveis, além de estar em curso licitação para aquisição de mais equipamentos.
OUTRO LADO.
Por sua assessoria, o INSS garante que adotou várias medidas para garantir a segurança dos segurados, servidores e contratados na reabertura das unidades, iniciada em setembro. O protocolo de segurança especifica que servidores e contratados fiquem em licença por, pelo menos, 14 dias, no caso de confirmação da doença.
Em caso de suspeita, o profissional é afastado e orientado a retornar após 72h, caso não apresente mais sintomas ou tenha resultado negativo para Covid. O afastamento por 72h também é feito caso o servidor ou contratado tenha contato com pessoa que apresente suspeita ou confirmação da doença.
O INSS confirmou os EPIs e garante que todas as unidades foram sinalizadas, inclusive com marcações de distanciamento no piso. Cadeiras das áreas de espera foram interditadas, para que seja mantido o distanciamento.
Além disso, todos os balcões de atendimento e mesas das salas de perícia receberam barreiras acrílicas. As salas de perícia receberam ainda lixeiras com tampa e pedal. A coleta de lixo segue padrões rígidos de segurança recomendados pelo Ministério da Saúde e procedimentos de higienização reforçados.
Finalizando, informa que a reabertura das unidades vem ocorrendo de forma gradual o horário de atendimento foi reduzido, ocorrendo das 7h às 13h e apenas com agendamento. Além disso, os segurados só podem entrar nas agências usando máscaras e após aferição de temperatura. "São orientados, ainda, a não levarem acompanhantes para o atendimento. Todas estas medidas foram adotadas para evitar aglomerações nas agências", explica a Assessoria.
Por fim, lembra que a maior parte dos serviços do INSS está disponível por meio dos canais remotos Meu INSS (no site gov.br/meuinss e no aplicativo para celulares) e pelo telefone 135.
Cotidiano
Veja o momento do acidente que matou passageira de moto por aplicativo em PG; ASSISTA
Acidente deixa vítima presa nas ferragens e causa lentidão na Anchieta
Mulher fica presa ao volante em acidente em Praia Grande
Turismo
Saiba porque a estação é boa para a prática de mergulho e quais são os melhores pontos da Região
Nacional
O programa funcionará como uma espécie de "nota legal", adotada por diversos estados, como a Nota Fiscal Paulista, em São Paulo