Cotidiano

Eurozona e Grécia prorrogam acordo de ajuda financeira por quatro meses

As autoridades gregas ficaram de apresentar até o final da próxima segunda-feira (23) uma primeira lista de medidas econômicas

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 20/02/2015 às 21:15

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Em reunião nesta sexta-feira (20) o governo grego e a Eurozona firmaram acordo financeiro, aprovando o prolongamento da ajuda à Grécia por mais quatro meses. As autoridades gregas ficaram de apresentar até o final da próxima segunda-feira (23) uma primeira lista de medidas econômicas a serem tomadas como contrapartida ao resgate.

Posteriormente, a Eurozona avaliará se a lista apresentada pelos gregos é “suficientemente ampla para ser um ponto de partida válido para a conclusão bem-sucedida” da avaliação.

A lista será “especificada e depois acordada com as instituições até o final de abril”, disse o comunicado da Eurozona, acrescentando que “apenas a aprovação da conclusão da avaliação” permitirá “qualquer desembolso” do remanescente, por parte do Fundo Europeu de Estabilização Financeira.

O comissário europeu dos Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici, afirmou que o pacto alcançado com Atenas é do interesse da Grécia e da zona do euro, mas alertou que ainda é preciso "muito trabalho" para fechar as políticas de reforma.

“Este acordo é do interesse não só da Grécia e dos cidadãos gregos, mas também é do interesse da zona do euro e dos cidadãos dos países do euro”, disse hoje, em Bruxelas, Pierre Moscovici, após a reunião na qual os ministros das Finanças decidiram prolongar o programa de Atenas por mais quatro meses, em vez de seis, como foi pedido pelo governo grego.

O comissário europeu disse, no entanto, que é preciso “trabalhar muito para acordar as políticas de reforma, que serão a base para a avaliação” dos esforços gregos. Ele acrescentou que se a Europa e a Grécia “finalizarem tudo na segunda-feira, começarão [logo] os procedimentos para a aprovação do acordo”.

Pierre Moscovici adiantou que falta ainda “incluir medidas para garantir finanças públicas sólidas” e medidas para “reforçar a competitividade da economia”, bem como políticas para “garantir que a administração fiscal da Grécia é mais eficaz”.

Sublinhando que é preciso “combater a fraude e a evasão fiscal em todos os níveis”, o comissário europeu disse ser "compreensível que os cidadãos europeus exijam medidas nesta frente”.

“Não vai ser fácil, mas acredito que mostramos - esta noite e nos últimos dias - que conseguimos chegar a um compromisso comum”, ressaltou Moscovici.

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde,  disse que a instituição vai acompanhar as condições exigidas à Grécia, afirmando que até final de abril tem de haver um acordo final.

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