Unidade de saúde do SUS / Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
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O tempo de espera pela consulta que antecede uma cirurgia na cidade de São Paulo pode chegar a quatro anos, de acordo com dados garantidos pela Lei De Acesso À Informação.
Um levantamento mostra que cerca de 160 mil pessoas estão aguardando por uma consulta com especialista sendo que até 70% dessas consultas resultam em cirurgia. De janeiro a março deste ano, a especialidade com maior tempo de espera era a ortopedia. Conforme apurado pelo jornal "SP1", quem precisa de uma cirurgia do joelho, por exemplo, pode ter de esperar em média mais de 4 anos (1.672 dias) por uma consulta de avaliação com um ortopedista.
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Exemplos deste tempo de espera incluem o prazo para conseguir uma consulta com um especialista em pé e tornozelo que dura 1.503 dias. Para escoliose são 1.125 dias de espera.
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Tempo de espera para a avaliação em outras áreas:
Histórias como a de Caroline Fernandez Nesti, 29 anos, se somam a esta fila. Ela convive com um problema no joelho desde criança e há 6 anos ela tenta agendar uma cirurgia.
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"Depois da última queda que eu tive minha perna só incha, dói 24 horas por dia e assim. Sem a cirurgia eu não consigo ter sustentação", conta.
Procurada, a Secretaria Municipal da Saúde informou que os hospitais que realizam procedimentos considerados de pequena e média complexidade, reforçaram a estrutura para cirurgias e procedimentos diagnósticos. Afirmou ainda que leitos dos outros hospitais foram destinados para cirurgias eletivas de maior complexidade.
A pasta também comentou o caso de Caroline Nesti informando que ela já foi encaminhada, mas não disse quando o procedimento dela terá uma possível solução.
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De acordo com informações do governador Rodrigo Garcia (PSDB) o número de cirurgias em atraso no Estado chegou a 600 mil. A maior parte dos procedimentos considerados não urgentes foi adiada durante a pandemia. Como tentativa de diminuir esta fila de espera, em abril, o governo estadual abriu um chamamento público para contratar 30 mil cirurgias em hospitais privados e Santas Casas.
Ainda segundo o governador, a meta é zerar a lista de espera por cirurgias até o final de 2022. “Durante a pandemia, muitas cirurgias, muitos exames deixaram de ser feitos. Nós levantamos em todo o estado quantas cirurgias precisam ser feitas, vamos seguir com chamamento até o final do ano para zerar a fila”, disse Garcia.
A afirmação do governador paulista ocorreu durante a inauguração de uma nova unidade da Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer, no Hospital Geral de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.
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