Cotidiano

Dois anos depois, 165 pessoas continuam desaparecidas no Rio

Após dois anos da tragédia causada pelas fortes chuvas na região serrana do Rio de Janeiro, 165 pessoas ainda não foram encontradas.

Publicado em 12/01/2013 às 13:07

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Passados dois anos da tragédia causada pelas fortes chuvas que atingiram a região serrana do estado, no verão de 2011, matando mais de 900 pessoas e deixando 7 mil desabrigados e desalojados, 151 pessoas ainda continuam desaparecidas.

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Os dados constam da página do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), responsável pela localização de pessoas desaparecidas em todo o estado.

As informações do Plid indicam que foi comunicado ao MP o desaparecimento de 653 pessoas nas principais cidades da região serrana, após a madrugada do dia 12 de janeiro de 2011. A maioria de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, as mais atingidas pela tromba d'água que caiu na região naquela madrugada. Das 653 notificações de desaparecimento, 165 ainda constam da página do Plid como “comunicações em aberto”, ou seja, as notificações de desaparecimento continuam sem solução.

Os dados indicam que 340 pessoas foram localizadas com vida e que 151 resultaram em óbitos, cujos corpos foram encontrados e sepultados. Em entrevista à Agência Brasil, um dos responsáveis pelo Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos Pedro Borges Mourão garantiu que o Ministério Público estadual manterá os processos em aberto e que continuará empenhado em localizar os desaparecidos.

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Pessoas se aglomeravam em frente ao IML da cidade em busca de notícias sobre vítimas e desaparecidos durante as fortes chuvas que assolaram a região serrana do Rio em 2011. (Foto: Valter Campanato/ ABr)

“Há um compromisso ético moral do Plid de só encerrar os trabalhos quando todas as comunicações que recebemos forem efetivamente solucionadas. Quanto aos corpos que não forem localizados, aí passa a ser uma questão de outros órgãos envolvidos nas buscas. No que diz respeito ao programa, garanto que nós vamos trabalhar até a última comunicação ser solucionada”, disse.

Na avaliação de Pedro Borges, o Plid está deixando um legado de informações que certamente servirão para trabalhos no futuro. “Os dados da serra envolvem números muito dinâmicos, que mudam a todo instante, daí a atualização automática que é feita pelo próprio sistema”.

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Ele enfatizou que o Plid recebeu inicialmente mais de 2 mil comunicações, que resultaram na consolidação das 653 efetivamente catalogadas.

O programa tem um banco de dados com cerca de 6 mil registros de notificações, dos quais mais de 5 mil são relativas a desaparecimentos, mais de 1.300 cadáveres sem identificados e 800 casos já solucionados.

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