O Dia do Sexo é visto como oportunidade para lembrar as pessoas sobre a importância do cuidado com DSTs / Rovena Rosa/Agência Brasil
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O dia 6 de setembro é considerado o Dia do Sexo. Apesar de a data não estar no calendário oficial do País, a comemoração ganhou força nos últimos anos, sobretudo como oportunidade para discutir a importância do uso de métodos contraceptivos e de proteção contra doenças sexualmente transmissíveis.
Nesta data, uma dúvida muito comum costuma ganhar relevância: ficar muito tempo sem praticar sexo pode ser prejudicial à saúde? Para um especialista da USP a resposta é sim.
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De acordo com reportagem do jornal O Globo, os efeitos da abstinência são mais sentidos por pessoas que sentem necessidade de transar e não o fazem.
Efeitos negativos à saúde
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Segundo a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do programa de estudos em sexualidade da USP, a medicina considera principalmente o sofrimento que o paciente pode experimentar sem praticar o ato sexual, o que se revela em sentimentos como angústia, desconforto e mal-estar.
"Isso causa um sentimento de vazio, um desejo descontrolado, levando a desfechos negativos", esclarece a especialista ao "O Globo".
Ainda de acordo com Abdo, a abstinência involuntária de sexo por tempo prolongado pode provocar efeitos que são agravados de forma gradativa.
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"É uma bola de neve, que vai ficando cada vez maior até explodir em ansiedade, depressão, vulnerabilidade imunológica e doenças físicas", continua a psiquiatra.
Cenário varia conforme o caso
Não existe um período mínimo ou máximo para ficar sem sexo, de acordo com Abdo. Isso porque cada pessoa tem uma periodicidade própria. Uma pessoa que costuma praticar sexo três vezes por semana pode começar a sentir efeitos negativos da abstinência em cerca de um mês, de acordo com a reportagem. Já quem mantém relações com intervalos de 15 a 20 dias podem ficar sem sentir efeitos negativos por até quatro meses.
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Mesmo assim, cada pessoa tem uma reação diferente com relação à abstinência sexual. Há pessoas que não se interessam por sexo e conseguem ter satisfação em atividades diversas da vida. Para essas pessoas, projetos e missões pessoais podem compensar os eventuais efeitos nocivos da falta de atividade sexual e proporcionar benefícios para a saúde mental.