 
						Deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) / Valter Campanato/Agência Brasil
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A defesa do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), apresentou suas alegações finais na Ação Penal 2668, em julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
O advogado Paulo Renato Cintra de forma serena ressaltou apenas que o réu não tem conhecimento e não viu ou fez nada e que apenas solicitou a exclusão de alguns arquivos visto que não teria havido tempo hábil para leitura.
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Cintra também explicou que o réu não agiu para orientar o ex-presidente e que o grupo de trabalho criado para aferir segurança e confiabilidade das urnas nunca saiu do papel.
“Esse grupo acabou não sendo constituído e tinha um objetivo muito claro: participar do teste público de segurança das urnas”, disse.
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Na sequência, ele ressaltou o papel da Abin nesse contexto. “A Abin tem uma expertise que se refere à segurança das urnas e ela domina essa expertise que é criptografia. Só que os técnicos da Abin que necessariamente teriam que participar desse teste, eles claramente se negaram a fazer por uma razão de ordem objetiva e lógica”, afirmou.
O advogado também afirmou que a opinião de Ramagem não foi levada a Bolsonaro e referenciou o documento com as considerações finais, enviado ao Supremo, como base fonte de todas as informações relacionadas à defesa.
Assista à integra da apresentação da defesa, postada pelo canal Poder 360:
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O parlamentar é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de participar do chamado “núcleo de inteligência” em uma suposta trama para tentar um golpe de Estado após as eleições de 2022.
Segundo a PGR, Ramagem teria atuado para orientar e repassar informações estratégicas em favor do grupo investigado. A defesa, no entanto, nega as acusações e afirma que não há provas que vinculem o deputado a qualquer ato ilícito.
No documento, os advogados alegam que a denúncia é baseada em interpretações “sem substrato fático” e em falas de colaboradores premiados, sem que exista comprovação material da participação de Ramagem. Eles sustentam que o parlamentar jamais integrou qualquer conspiração contra o Estado Democrático de Direito, tampouco se envolveu nos atos de 8 de janeiro de 2023.
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Os defensores afirmam ainda que a denúncia carece de elementos mínimos de autoria e materialidade, devendo ser rejeitada para evitar a criminalização da atividade política e da função de inteligência. Para a defesa, Ramagem exerceu suas funções institucionais de forma legal e transparente.
O caso integra o julgamento de oito réus, entre militares, ex-ministros, parlamentares e o ex-presidente Jair Bolsonaro, no processo que trata da tentativa de golpe de Estado.
Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, o julgamento envolve:
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Segundo a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), os sete acusados respondem por:
Vale ressaltar que o julgamento será dividido em sessões, distribuídas ao longo de mais de um dia.
Além das sessões desta terça-feira, 2, o ministro Zanin agendou as sessões para os seguintes dias e horários:
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