Cotidiano

Cubatão lança plano preventivo para defender população das chuvas torrenciais de verão

PMCEIA surge com uma novidade: instalação de mais pluviômetros em áreas sujeitas a inundações

Publicado em 31/10/2013 às 14:55

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Cubatão não pode evitar as chuvas de verão, na maior parte das vezes torrenciais e frequentes porque a Cidade, no sopé da Serra do Mar, possui índice pluviométrico acima da média regional. Mas os danos que provocam, materiais e, principalmente, pessoais, podem ser minimizados. Para isso, foi lançado o Plano de Contingência: Enchente, Inundação e Alagamento (PMCEIA), elaborado pela secretaria de Segurança Pública e Cidadania, por meio da Comissão Municipal de Defesa Civil (Comdec), com característicvas preventivas e que já apresenta uma novidade: a instalação de pluviômetros em áreas sujeitas a inundações.

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Estes aparelhos medem a quantidade de chuva em determinado local e horário e permitem que a Comissão Municipal de Defesa Civil (Comdec) e os Núcleos de Defesa Civil (Nudecs) dos bairros tomem medidas antecipadas - como, por exemplo, evacuação das áreas - antes que ocorram desmoronamentos ou inundações.

Eles foram instalados ontem nas seguintes áreas críticas, mapeadas pelo PMCEIA: Pedreira Mantiqueira (Centro Comunitário - KM 260-Pista Leste da Rodovia Cônego Domênico Rangoni), Cota 200 (Escola Estadual Maria Duarte Caetano - Rua 11 - KM 50-Pista Norte da Via Anchieta), Fabril (UBS Cota 95-Pinheiro do Miranda - Rua do Alojamento s/n), Pilões (residência do morador Antonio Nunes Rodrigues, integrante do Nudec-Núcleo de Defesa Civil do bairro) e Água Fria (sede do Programa de Saúde da Família - Rua EliasZarzur, 687).

A obtenção dos pluviômetros foi possível porque a Prefeitura integrou-se ao projeto Pluviômetros nas Comunidades, gerenciado pelos ministérios de Ciências e Tecnologia e da Integração Nacional.

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O PMCEIA

O programa Pluviômetros na Comunidade integra-se ao Plano Municipal de Contingência: Enchente, Inundação e Alagamento (PMCEIA) que tem como principal característica o estabelecimento de diretrizes preventivas contra problemas causados por chuvas. Sua elaboração levou em conta as características físicas, climáticas e urbanas de Cubatão, que possui o mais alto índice pluviomètrico da Baixada Santista (média de precipitações, nos últimos cinco anos, é de 2.259,24 milímetros anuais); 60% de seu território formado por morros e mangues e 40% da população (48 mil pessoas) morando em áreas sujeitas a inundações e desmoronamentos.

Os danos das chuvas de Verão pode ser minizadas através do Plano de Contingência: Enchente, Inundação e Alagamento (Foto: DL)

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Em fevereiro deste ano, a Cidade foi surpreendida por uma tempestade que afetou diretamente 70 mil moradores, desabrigou 400 famílias e gerou prejuizos de R$ 12 milhões ao comércio, indústria e Poder Público.

Baseando-se em parâmetros fixados pelo Ministério das Cidades, o Plano de Contingência mapeou as áreas críticas, levando em conta a frequência de ocorrências significativas provocadas pelas chuvas nos últimos cinco anos. Os núcleos de Pilões e Água Fria, totalmente devastadas pelas inundações de fevereiro, foram considerados de potencial de risco muito alto e classificadas no nível R4, assim como a Vila Esperança, núcleo de maior densidade populacional (30 mil moradores) e situado em área de mangue. Nestas localidades houve mais de três eventos significativos nos últimos cinco anos. Os demais níveis são: baixo risco (R1), sem ocorrências significativas nos últimos cinco anos; médio risco (R2), um evento e alto risco ( R3), até três ocorrências.

Os pluviômetros, aliados ao sistema de obtenção de boletins meteorológicos e captação de alertas emitidos pelo Centro de Monitoramento de Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), permitem uma base de dados para detecção de situações anormais. Dependendo do tempo de previsão, isso possibilita o resgate de pessoas e bens patrimoniais; acionamento de equipes para atuarem em áreas de desastre; preparação de recursos logísticos para socorro, assistência da população e reabilitação de cenário e acionamento de órgãos integrantes do Plano Municpal de Defesa Civil (bombeiros, policiais militares e civis, Plano de Auxílio Mútuo - PAM, etc).

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