Saúde
Pessoas diagnosticadas com Transtorno Dissociativo de Identidade convivem com múltiplas personalidades em um único indivíduo
Cada identidade possui características únicas, como nome, idade, gênero, memórias e comportamentos específicos / Freepik
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Imagine conviver com mais de 30 identidades distintas dentro de si, cada uma com memórias, hábitos e comportamentos próprios. Essa é a realidade de pessoas diagnosticadas com Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI), uma condição psicológica complexa que envolve a presença de múltiplas personalidades em um único indivíduo.
O TDI, anteriormente conhecido como Transtorno de Personalidade Múltipla, caracteriza-se pela existência de duas ou mais identidades distintas, chamadas de "alters", que assumem o controle do comportamento da pessoa de forma alternada.
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Cada identidade possui características únicas, como nome, idade, gênero, memórias e comportamentos específicos.
Essas mudanças de identidade são frequentemente acompanhadas por lapsos de memória significativos, nos quais o indivíduo não consegue recordar eventos ocorridos enquanto outra personalidade estava no controle.
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O desenvolvimento do TDI está fortemente associado a experiências traumáticas intensas e repetidas, especialmente durante a infância. Abusos físicos, emocionais ou sexuais, bem como negligência grave, são fatores comuns entre os diagnosticados.
Nessas situações, a dissociação surge como um mecanismo de defesa da mente para lidar com a dor e o sofrimento, fragmentando a identidade para evitar a consciência plena das memórias dolorosas.
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Além dos traumas, fatores genéticos e biológicos também podem contribuir para a vulnerabilidade ao desenvolvimento do TDI, embora o trauma seja considerado o fator primordial.
O tratamento do TDI é desafiador e requer uma abordagem multidisciplinar, geralmente envolvendo psicoterapia de longo prazo.
Terapia de Integração de Identidade: Visa unificar as diferentes identidades em uma única personalidade coesa, promovendo a cooperação e a harmonia interna.
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Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Ajuda a identificar e modificar padrões de pensamento disfuncionais, além de ensinar habilidades para lidar com os sintomas dissociativos.
Terapia de Apoio: Fornece um ambiente seguro para que o paciente discuta seus sintomas, traumas e desafios, auxiliando no alívio do estresse e na compreensão das próprias experiências.
Tratamento Medicamentoso: Embora não existam medicamentos específicos para o TDI, antidepressivos, ansiolíticos e estabilizadores de humor podem ser prescritos para tratar sintomas associados, como depressão e ansiedade.
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O sucesso do tratamento depende da colaboração entre psiquiatras, psicólogos e outros profissionais de saúde mental, além do apoio contínuo de familiares e amigos.
O Transtorno Dissociativo de Identidade é uma condição complexa que exige compreensão, empatia e tratamento especializado. Com a abordagem terapêutica adequada, é possível alcançar uma melhora significativa na qualidade de vida dos indivíduos afetados, promovendo a integração das identidades e a estabilidade emocional.