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Cotidiano

Como cumprir as promessas feitas para o novo ano?

No clima da virada o que mais se ouve são pessoas assumindo compromissos com diversas áreas da vida

Vanessa Pimentel

Publicado em 02/01/2018 às 10:31

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Ricardo Rodriguez, professor no Centro Budista Kadampa Lamrim, em Santos / Rodrigo Montaldi/DL

Mais um ano começa e com ele as promessas de mudanças. No clima da virada o que mais se ouve são pessoas assumindo compromissos com diversas áreas da vida. Entrar na academia, melhorar a alimentação, estudar, mudar o que incomoda na personalidade, evoluir. Mas, basta o início da rotina nos primeiros dias do ano novo para que as promessas sejam deixadas de lado e adiadas para a meia-noite de um próximo réveillon.

Será que existe uma fórmula para evitar a procrastinação e seguir, de verdade, os desejos que habitam dentro de cada um?

Ricardo Rodriguez, professor no Centro Budista Kadampa Lamrim, em Santos, diz que não e que tudo depende da forma como cada um assume o que se propõe a fazer e o quanto essa vontade é profunda.

“Muita gente, quando chega a virada do ano, faz uma lista de desejos: uma promoção no emprego, status, encontrar um parceiro. É claro que são projetos e, em si, não são ruins, só que a causa para ser feliz é interior. Então é preciso assumir um compromisso com você mesmo”, acredita.

Segundo Ricardo, para mudar de verdade em 2018, ao invés de focar na felicidade, que é um efeito, foque nas causas que atraem este sentimento. “Você cria as causas para ser feliz. Um exemplo: quando você começa a apreciar as pessoas, você muda o seu foco e invés de pensar só em você, começa a pensar nos outros, na sua família, nos seus amigos. Apreciar as pessoas de modo verdadeiro causa uma mudança interior profunda que reflete nos outros e isso traz felicidade”, diz.

Meditação

Na moda atualmente, a prática atrai cada vez mais adeptos e ajuda a mudar positivamente o comportamento, mas Ricardo explica que para provocar mudanças interiores permanentes, é importante que a meditação não seja levada de forma superficial.

“A meditação não pode ser feita apenas para postar o momento nas redes sociais. Ela precisa ser levada a sério e se tornar hábito para provocar uma mudança real”, explica.

Aulas
A meditação tem efeitos comprovados pela ciência, como a diminuição do estresse, da ansiedade, melhora a concentração e até mesmo a forma de reagir a um desafio.

No início, o aluno aprende a teoria e, em seguida, os exercícios de respiração e de concentração em ‘objetos virtuosos que são causas de paz’, por exemplo, pensar no sentimento da compaixão durante dez minutos.

“O que muda não é o nosso cérebro, e sim a nossa mente, que não é matéria. Quanto mais você se concentra em um bom sentimento mais ele cresce dentro de você e consequentemente, com o tempo, vai mudar a forma como você responde aos acontecimentos da vida”, diz.

O exercício mental, da mesma forma que o exercício físico, precisa de frequência para se tornar um hábito.

O tempo de resposta depende de cada um.  

“Há relatos incríveis de pessoas que estavam com depressão ou problemas emocionais muito fortes e em pouco tempo conseguiram melhorar”, afirma Ricardo.

Para concluir os ensinamentos para 2018, Ricardo resume a importância de manter a mente em boa sintonia, caso contrário, mesmo que você esteja em um lugar maravilhoso, se os pensamentos não estiverem alinhados, de nada vai adiantar o ambiente externo.

“Felicidade e tristeza são estados mentais, não existem fora da nossa mente. É claro que a tristeza pode ocupar um espaço, mas tente usá-la a seu favor. Se ao olhar para o mundo e ver as pessoas sofrerem, você se sente triste, aumente a sua compaixão, por exemplo”.

Janeiro

E para começar o ano com a mente mais calma, o Centro Budista Kadampa Lamrim oferece retiros já nos primeiros dias de janeiro.

Para participar não é preciso ter experiência prévia, já que todas as meditações são guiadas.

Para se inscrever ou ter mais detalhes da programação, acesse a página: http://www.santosmedita.org.br/retiro.

 

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