Cotidiano

Cidade brasileira resiste à modernidade e conquista visitantes por viver como nos anos 50

Caminhar por suas ruas de pedra irregular é como voltar a uma época em que a vida corria devagar, os vizinhos se conheciam pelo nome e o tempo parecia ter outro ritmo

Ana Clara Durazzo

Publicado em 06/11/2025 às 10:00

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Localizada a 140 km de Goiânia, a cidade guarda com orgulho seu traçado original, suas construções em adobe e pau a pique e uma atmosfera que remete diretamente aos anos 1950 / Divulgação/Embratur

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Entre montanhas e casarões coloridos, uma cidade do interior de Goiás parece ter parado no tempo e é justamente isso que a torna tão especial. A Cidade de Goiás, também conhecida como Goiás Velha, é um dos destinos mais autênticos do Brasil Central.

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Fundada no século XVIII, às margens do Rio Vermelho, foi a primeira capital do estado e hoje é reconhecida pela Unesco como Patrimônio Histórico da Humanidade, desde 2001.

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Caminhar por suas ruas de pedra irregular é como voltar a uma época em que a vida corria devagar, os vizinhos se conheciam pelo nome e o tempo parecia ter outro ritmo.

Onde o tempo parou

Localizada a 140 km de Goiânia, a cidade guarda com orgulho seu traçado original, suas construções em adobe e pau a pique e uma atmosfera que remete diretamente aos anos 1950.

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Em Goiás Velha, não há pressa nem barulho: o som de notificações de celular quase não se ouve e ninguém sente falta.

Pelas calçadas, é comum ver moradores sentados nas portas das casas coloniais, oferecendo café e prosa a quem passa. As feiras livres, os mercadinhos familiares e o rádio ainda são parte essencial da rotina, preservando um modo de vida que desapareceu nas grandes cidades.

Patrimônio vivo

O charme do município vai além da estética colonial. O centro histórico, reconhecido pela Unesco, é um verdadeiro museu a céu aberto.

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Entre os pontos mais visitados está a Casa de Cora Coralina, transformada em museu e mantida quase como a poetisa deixou com móveis simples, utensílios antigos e uma vista poética do Rio Vermelho. Ali, o visitante mergulha na memória da escritora e na essência da própria cidade.

Outro símbolo local é a Procissão do Fogaréu, realizada durante a Semana Santa. O evento, à luz de tochas, percorre as ladeiras históricas e emociona moradores e turistas com uma encenação que mistura fé, tradição e espetáculo.

Cultura, natureza e sabores

Goiás Velha também abriga o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), um dos mais importantes do país, que une arte e sustentabilidade.

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Ao redor da cidade, a natureza completa o cenário com cachoeiras, rios e trilhas, como a Cachoeira das Andorinhas e a Cachoeira das Abóboras, ideais para quem busca um mergulho na paisagem do Cerrado.

Na culinária, o destaque fica por conta do empadão goiano, dos doces de tacho e dos picolés artesanais de frutas do cerrado, símbolos da hospitalidade local.

Quando visitar

O clima é tropical, com média anual de 23 °C. Entre maio e setembro, o tempo é seco e ensolarado, ideal para explorar o centro histórico e as trilhas naturais. Já entre outubro e abril, as chuvas tornam o verde mais intenso e os rios mais cheios um espetáculo à parte para quem aprecia o Cerrado em sua forma mais vibrante.

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Um refúgio fora do tempo

Com pouco mais de 24 mil habitantes, a Cidade de Goiás mostra que parar no tempo pode ser um privilégio. Entre o charme colonial, o sabor do interior e a tranquilidade que a modernidade esqueceu, o município segue como um lembrete vivo de que simplicidade, beleza e história ainda andam lado a lado.

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