Cotidiano

Banda Zimbra se apresenta pela primeira vez no Lollapalooza Brasil

Grupo santista vê o festival como uma oportunidade de se lançar no cenário nacional

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 27/03/2015 às 19:00

Atualizado em 10/05/2021 às 17:46

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Ansiedade. Essa é a palavra que define o sentimento de Rafael Costa (voz e guitarra), Guilherme Goes (baixo), Vitor Fernandes (guitarra) e Pedro Furtado (bateria), integrantes da Zimbra. A banda santista ganhou o concurso “Temos Vagas” da ‘Rádio Rock – 89,9’ e toca hoje no Lollapalooza Brasil. Outra banda de Santos que se apresenta no festival é a Bula.

O grupo toca junto desde 2007, quando os quatro amigos ainda frequentavam a escola. Entre suas influências estão Los Hermanos, Nando Reis, até Foo Fighters e The Killers, do cenário internacional. Hoje, a Zimbra sobe ao palco de um dos maiores festivais de bandas, que acontece neste final de semana em São Paulo, mostrando seu som ao lado de grandes nomes da música, como o ex-vocalista do Led Zeppelin, Robert Plant, e o ex-vocalista e guitarrista da banda White Strips, Jack White. O quarteto santista toca ao meio dia, no palco Axe.

Rafael explica que desde a adolescência, os quatro amigos levaram a sério o sonho de ter uma banda. “Entramos de cabeça nesse mundo desde muito cedo, e então decidimos que era o queríamos fazer. Começaram a rolar então alguns shows nas casas noturnas aqui de Santos, festas de família, e a coisa foi ficando um pouco mais séria”.

Antes da formação atual, eles tocavam em bandas distintas, porém sempre se encontrando nas casas noturnas. “A gente se conhecia desde cedo, e por força do destino, juntamos os quatro e foi daí que surgiu a Zimbra”, afirma ele.

O grupo, que inicialmente tinha o nome de Panorama, começou a ter um público consolidado, e passou a priorizar a música. “A gente teve que determinar algumas coisas e abrir mão de outras”, conta o vocalista. 

Surpresa

Rafael conta que a notícia de que eles iriam tocar no festival chegou da “melhor maneira possível”. “A gente ficou sabendo pelas pessoas. Eu e o Vitor estávamos arrumando o ar condicionado do estúdio, o Pedro e o Gui estavam em São Paulo, e aí começaram a surgir as ligações, mensagens de texto, Whats App, nos parabenizando”.

Para eles, em um primeiro momento, foi difícil de acreditar, já que nenhuma nota havia sido emitida confirmando o resultado do concurso. “Era só a galera falando na nossa fan-page, mandando ‘Ah, vocês vão tocar? Que louco!’ Não saiu nada falando, só a rádio que anunciou”, afirmou Guilherme.

Depois de confirmada a participação da banda no festival, veio a dúvida de como ensaiar, como ir e o que tocar. “Tudo que a gente faz pra um show normal é com um mês de antecedência. Para o Lollapalooza, tivemos que resolver em uma semana. Nossa adrenalina foi a mil”, afirmou o vocalista.

No que diz respeito ao set-list (sequência de músicas) do show, ele explica que a banda quer aproveitar a apresentação como uma oportunidade de mostrar o som autoral no festival. “Nós vamos com um repertório só de música própria, misturando músicas do nosso CD, ‘O tudo, o nado e o mundo’, com as do EP, nosso último lançamento. A gente vê o show como uma oportunidade única de mostrar o que temos, e não vamos deixar passar de jeito nenhum”.

Em questão de aceitação do público, eles estão confiantes. “O festival é a nossa cara, pelo conceito, pelas bandas, tem vários sons que a gente gosta. É um lugar que gostaríamos de ir, se não fossemos tocar. A gente acha que a galera vai receber bem”, explicou Pedro.

De acordo com Rafael, na preparação para a apresentação, houve uma preocupação muito grande com a plateia. “A gente se preparou de verdade, durante essa uma semana e meia. E o que eles podem esperar é um respeito, um trabalho bem feito. Nos preocupamos em fazer algo que vá agradar a todos”.

‘A gente faz uma MPB’

Rafael afirma que a banda tenta não se fechar em apenas um gênero musical. “A MPB, na minha visão, significa música de fácil aceitação por público de diversas idades, e eu acho que é o que a gente faz”.

Ele explica que classificam o som do grupo desta maneira, já que um público de diversas idades costuma frequentar os shows. “A gente vê criança, vovô e vovó, adulto, é bem diverso. Fazemos a MPB do nosso jeito”.

Quem quiser conhecer mais sobre o som da Zimbra, pode entrar no Facebook, e no canal do YouTube, onde eles disponibilizam todas as músicas.

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