Cotidiano

Carro fica preso entre atracadouro e flutuante na Balsa de Bertioga

Travessia entre Guarujá e Bertioga segue operando com falhas e colocando em risco a segurança dos usuários

Carlos Ratton

Publicado em 12/07/2025 às 06:40

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No último domingo (6), um pequeno caminhão ficou preso entre o flutuante de terra (que permite o desembarque) e um dos flutuantes que fazem a travessia do canal / DL

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A falta de motores nos dois flutuantes que fazem a travessia marítima de pedestres, ciclistas e veículos no Canal de Bertioga – situação já inúmeras vezes denunciada pelo Diário do Litoral – deu mais um sinal de tragédia anunciada. No último domingo (6), um pequeno caminhão ficou preso entre o flutuante de terra (que permite o desembarque) e um dos flutuantes que fazem a travessia do canal por intermédio de rebocadores. 

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Tudo porque há anos o Departamento Hidroviário (DH) do Governo do Estado, hoje comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos) – antes era o João Dória – insiste em manter o transporte que faz a travessia entre Guarujá e Bertioga sem motores.  

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As promessas de projetos para equacionar o problema, que já não deveria estar ocorrendo no Estado mais rico do País, vivem no papel, enquanto diariamente pessoas sofrem em seus horários de trabalho ou compromisso de lazer, assistência emergencial de saúde ou qualquer outra atividade, tanto dos dias úteis como no finais de semana fora da temporada de verão.  

A Reportagem já cansou de flagrar veículos, pedestres e ciclistas permanecendo mais de meia hora esperando a balsa para atravessar o canal de Bertioga, que não tem no máximo 200 metros de distância. 

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Em maio do ano passado, numa visita técnica à região, após muita reclamação e episódios desagradáveis envolvendo usuários do sistema de travessias, a engenheira Jamile Consulin, diretora do DH disse que o Governo estava elaborando um projeto de dragagem no canal para aumento do calado para facilitação do tráfego e a atracação das barcas

Passados exatos 12 meses e nada. O Diário vem acompanhando o drama da população que enfrenta constantes filas, interrupções de transporte, falta de embarcações e, cada vez mais, perigos de cair no mar dentro de um veículo sem poder sair. Já houve abaixo-assinados com a reivindicação da retirada dos rebocadores e o aumento do calado do canal para facilitar as atracações das balsas. É muito comum o sistema parar por conta dessa questão.    

Isso porque a hélice e o fundo do rebocador tocam na lama próxima às margens do canal, danificando a embarcação que baliza o flutuante que leva veículos e pedestres ao atracadouro. Ele (flutuante) não pode encostar no berço entre o manguezal e o ponto de embarque e desembarque.

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Departamento Hidroviário 

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), por meio da Coordenadoria de Travessias, informa que em fevereiro deste ano foi entregue a embarcação Rainha dos Valadares, com capacidade para 27 veículos e 100 passageiros e a travessia, que possui cerca de 600 metros de extensão, tem estrutura para operar com três embarcações simultaneamente. 

Em relação ao intervalo de embarque no último sábado (28), a Coordenadoria de Travessias informa que, entre 9h e 11h40, a operação entre Bertioga e Guarujá foi realizada com apenas uma embarcação, em razão de parada programada para limpeza e sondagem dos motores. A segunda embarcação entrou em operação às 11h40, retomando-se os intervalos regulares de 20 minutos.

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