Primeira plataforma, chamada P-67, começou a produzir na área de Lula Norte no último dia 1º de fevereiro. A P-68 está em construção / Divulgação
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A área da Bacia de Santos que corresponde à região da Baixada Santista vai aumentar a produção de barris de petróleo e gás. Isso porque mais duas plataformas começam a operar este ano. A primeira, nomeada de P-67, começou a produzir na área de Lula Norte no último dia 1º de fevereiro. A segunda, chamada P-68, ainda está em construção no Espírito Santo, mas tem previsão de iniciar os trabalhos até o fim de 2019, em Berbigão. Atualmente, 16 estão em operação.
De acordo com a Petrobras, uma terceira nova plataforma, a P-70, terá seu primeiro óleo em 2020 na área de Atapu. Quando as novas unidades estiverem em pleno funcionamento, a estimativa é de que a produção de barris de petróleo chegue a 500 mil/dia, e a de gás gire em torno de 6 milhões de metros cúbicos por plataforma.
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O aumento de produção deve trazer benefícios às cidades da Baixada Santista através dos royalties (compensação). Em 2018, os royalties relativos às atividades de petróleo e gás, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), somaram mais de R$200 milhões para os nove municípios da região. A atividade petroleira reverte ainda valores pagos através de impostos, como o ISS (Imposto Sobre Serviços).
Só Cubatão, por exemplo, recebeu R$31,1 milhões no ano passado em função do IPTU e ISS recolhidos pelas atividades da Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC).
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As informações sobre os planos da Petrobras para a região em 2019 foram transmitidas ontem, na sede da empresa, em Santos.
Centro de Pesquisa
De acordo com o gerente geral da Unidade de Operações da Bacia de Santos (UO-BS), João Ricardo Barusso Lafraia, em 2020 deve começar a construção do Centro de Tecnologia da Baixada Santista (CTBS), em Santos.
O prédio será um local de pesquisas voltadas a busca de novas tecnologias sustentáveis para a extração de petróleo, em parceria com a USP, UNICAMP e UNESP.
“O objetivo é desenvolver a tecnologia de produção e as operações, capacitando estudantes junto às universidades”, explica João.
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Refinaria
A Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC), que ano passado recebeu em investimentos R$137 milhões, receberá em 2019 quase o dobro: R$300 milhões.
Segundo o gerente geral da refinaria, Claudio Pimentel, o montante será usado no aperfeiçoamento da unidade, e não na ampliação dela.
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“O valor será aplicado em automatização com foco na confiabilidade, otimização, rentabilidade e eficiência energética”, explica.
Há também a parada programada de quatro unidades para manutenção no período de junho a setembro. Pimentel garante que o mercado não ficará desabastecido, já que será suprido pelo estoque e demais refinarias do país.