Cotidiano
O pesquisador aposentado Paulo Roberto Martini espera encontrar respostas do assunto no rio que nasce no interior do afundamento e deságua no Oceano Atlântico
Ela fica localizada no distrito de Ubatumirim, em uma área de mata preservada nas proximidades da Rodovia Governador Mário Covas / Divulgação/Fundação Florestal
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Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais estão perto de comprovar a origem da cratera misteriosa em Ubatuba. O pesquisador aposentado Paulo Roberto Martini espera encontrar respostas do assunto no rio que nasce no interior do afundamento e deságua no Oceano Atlântico.
A cratera tem 1,5 km entre os lados e 300 metros de profundidade. O achado foi analisado com o uso de imagens de satélite e observações no local. O Diário acompanha o caso desde o ano passado.
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Ela fica localizada no distrito de Ubatumirim, em uma área de mata preservada nas proximidades da Rodovia Governador Mário Covas (SP-055).
A formação tem formato quadrado e está em um local isolado e perigoso. A visitação é proibida e a exploração é permitida apenas aos pesquisadores e cientistas mediante autorização do governo.
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Os pesquisadores acreditam que a cratera é consequência do impacto de um asteroide metálico. Porém, para comprovar essa teoria, é preciso encontrar amostras de minerais abundantes em meteoros metálicos.
O plano agora é pesquisar o leito do Rio Puruba, já que o curso d'água pode ter carreado amostras do solo mais profundo, onde podem haver resquícios do impacto do meteoro.
As intervenções no local precisam ser limitadas por se tratar de uma área protegida no Parque Estadual da Serra do Mar.
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A cratera já foi estudada na década de 90 por pesquisadores do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo e do antigo Instituto Geológico do Estado. Foi concluído que o impacto pode ter ocorrido durante o período Pleistoceno.
A Fundação Florestal informa que, apesar de não ter encomendado pesquisa, recebe com entusiasmo qualquer pesquisa voltada à paisagem do parque.
Segundo o pesquisador, a formação de Ubatuba seria um parente da cratera de Parelheiros. Com 3,6 km de diâmetro e 300 metros de profundidade, atualmente o local abriga o bairro de Vargem Grande.
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