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A Câmara de Santos aprovou ontem, em primeira discussão, a alienação de um terreno irregular (nesga) de aproximadamente 28 metros quadrados, no Boqueirão, ao custo de R$ 38 mil. A principal interessada na compra da área, que faz frente para a Avenida Siqueira Campos (Canal 4) e Rua Lobo Viana, é a Universidade Santa Cecília (Unisanta), detentora de boa parte daquele quarteirão.
O projeto é do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) e deve retornar ao plenário, para segunda e última votação, na sessão de quinta-feira. Esta é a segunda tentativa de repassar o espaço, irregular, à universidade. Na primeira, no Governo João Paulo Tavares Papa (PMDB), resultaria no pagamento de R$ 13 mil aos cofres públicos mas, em razão das contestações em plenário, a matéria acabou sendo retirada.
O projeto foi aprovado em votação simbólica, sem o registro nominal dos votos. O vereador Adilson Júnior (PT), porém, fez questão de ressaltar que a bancada de seu partido iria votar favoravelmente ao projeto por entender que a metodologia usada na avaliação do projeto estavaa correta.
A análise da matéria registrou um momento de tensão quando Benedito Furtado (PSB) questionou o valor do metro quadrado calculado na alienação: cerca de R$ 1 mil em uma área nobre como o Boqueirão. “Esse foi o mesmo perito que avaliou a compra da refinaria em Pasadena (EUA) pela Petrobras”, ironizou.
A brincadeira do socialista foi repudiada pelos vereadores José Lascane (PSDB) e Murilo Barletta (PR).
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Lascane, inicialmente, lembrou que a área hoje não tem qualquer serventia para a Prefeitura, depois ressaltou a seriedade do perito, o engenheiro Osvaldo Vitali, “que presta serviços desde os governos do PT”.
Barletta rechaçou qualquer ilação com o trabalho desenvolvido pelo perito. “É um homem íntegro e competente. Não cabe esse tipo de ilação”.
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Conservação
O vereador Manoel Constantino (PMDB) afirmou que, atualmente, a área só gera custo para a Administração Municipal, que tem de cuidar de sua conservação.
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