Cotidiano
Descoberto por acaso em uma pedreira local, o minério marcou profundamente a economia da região e chamou a atenção de especialistas do mundo todo
Sua história remonta a milhões de anos, quando os continentes formavam o supercontinente Pangeia / Divulgação
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No litoral norte de São Paulo, Ubatuba esconde um tesouro geológico de rara beleza: o granito verde.
Descoberto por acaso em uma pedreira local, o minério marcou profundamente a economia da região e chamou a atenção de especialistas do mundo todo.
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Sua história remonta a milhões de anos, quando os continentes formavam o supercontinente Pangeia. Naquele tempo, a região hoje ocupada por São Paulo estava conectada à atual Costa do Marfim, na África.
Com a movimentação das placas tectônicas, os continentes se separaram, nasceu o Oceano Atlântico e se formou a Serra do Mar, cenário que abriga Ubatuba.
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Essa conexão antiga explica uma curiosidade impressionante: o granito verde existe naturalmente em apenas dois lugares no mundo — Ubatuba e a Costa do Marfim. Classificada como rocha magmática, a pedra é composta por mica, quartzo e feldspato, conferindo-lhe resistência, durabilidade e a característica cor esverdeada que a torna tão singular.
Na construção civil, o granito verde rapidamente se tornou cobiçado. Utilizado em fachadas, pisos e bancadas, logo conquistou mercados internacionais.
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O Porto de Santos se transformou em rota estratégica para exportação, e a pedra ganhou fama mundial. Recentemente, uma mineradora retomou a extração e comercialização do “Granito Verde” no litoral paulista, reacendendo o interesse pelo minério.
No entanto, a exploração comercial do granito verde teve fim em 1972, quando a extração foi proibida para preservar a Serra do Mar. Desde então, a pedra deixou de ser comercializada e passou a simbolizar a riqueza geológica e histórica de Ubatuba.
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