Medida pode representar a oportunidade que o setor espera para se reerguer e conquistar maior competitividade / Torsten Dettlaff/Pexels
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Nos últimos anos, os carros zero-quilômetro fabricados em território brasileiro enfrentam uma das maiores cargas tributárias do mundo. Com taxas variando entre 35% e 40%, o setor tem enfrentado um grande entrave, mas isso pode mudar com a implementação do programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação).
Como parte da recente movimentação do governo para reformular a tributação sobre veículos, essa medida pode representar a oportunidade que o setor espera para se reerguer e conquistar maior competitividade.
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Ao mesmo tempo, uma nova lei promete melhorar as chances de idosos comprarem veículos com descontos expressivos e algumas isenções.
O programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação) tem como propósito acelerar a transição para veículos mais sustentáveis. Para isso, será necessária a reformulação do antigo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), dando espaço ao chamado IPI Verde.
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Essa nova taxação levará em conta critérios ambientais, como eficiência energética, emissões e o uso de combustíveis renováveis, como o etanol.
Nesse cenário, espera-se que a medida crie a categoria de "carro sustentável", com incentivos claros para modelos mais ecológicos.
Isso ocorre porque o governo planeja isentar totalmente do IPI, até o fim de 2026, os veículos de entrada com motor até 1.0 movidos a combustíveis renováveis.
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A medida valerá tanto para pessoas físicas quanto jurídicas, como locadoras e frotistas.
É importante ressaltar, que também alguns modelos se tornaram verdadeiros "pesadelos das oficinas", graças à sua confiabilidade e resistência mecânica.
Nos últimos anos, o setor automotivo tem enfrentado uma série de desafios, não apenas por causa da pesada carga tributária, mas também pelos juros elevados, que dificultam o acesso ao crédito para o consumidor comum.
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Além disso, a indústria nacional vem sofrendo com a concorrência dos veículos importados, principalmente os elétricos chineses, que chegam ao país com preços competitivos e tecnologia avançada.
Caso o projeto avance, espera-se que o Brasil consiga alinhar sua carga tributária à média global. Com isso, a indústria poderá não apenas aumentar suas vendas, mas também atrair investimentos e melhorar sua escala de produção, que atualmente está abaixo do esperado.
Lançado em 2014, o Volkswagen Up marcou época no mercado brasileiro e se tornou um sucesso por diversos motivos, entre eles, a grande economia no consumo de combustível. No entanto, ele saiu de linha em 2021.
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Com design moderno, interior inteligente e motorização eficiente, o modelo também era a escolha ideal para quem procurava um automóvel econômico para o dia a dia.
Para efeito de comparação, o país produziu 3,7 milhões de veículos em 2013, mas a projeção para 2024 é de cerca de 2,8 milhões.