Adeus, cartão de crédito! Conheça método ideal para pagar compras de supermercado

Com a alta dos preços dos alimentos, muitos brasileiros têm recorrido ao cartão de crédito para fazer compras no supermercado. Mas, segundo especialistas em finanças, essa prática pode ser perigosa para o orçamento familiar e aumentar o endividamento a longo prazo.

Planejar os gastos, usar dinheiro em espécie e evitar compras por impulso são algumas das recomendações para quem quer chegar ao fim do mês com dinheiro no bolso e menos dívidas no banco.

O perigo invisível de usar cartão no supermercado

Pagar as compras do supermercado com cartão de crédito parece uma solução prática e rápida. No entanto, essa comodidade pode se transformar em uma armadilha financeira. Especialistas alertam que, ao usar o cartão, as pessoas tendem a gastar mais do que realmente têm, sem perceber o impacto no orçamento. 

Quando a fatura chega, o valor acumulado se soma a outros gastos fixos, tornando difícil manter as contas em dia.

Além disso, o cartão de crédito foi criado originalmente para compras de alto valor, como móveis ou eletrodomésticos, não para despesas rotineiras. Com o passar do tempo, tornou-se um meio de pagamento comum, e perigoso, para gastos diários. 

Em tempos de alta nos preços dos alimentos, essa prática pode transformar uma simples ida ao supermercado em uma dívida que se arrasta por meses.

Outro ponto de atenção é que, ao parcelar compras básicas, você compromete parte da renda futura. O que era para ser uma despesa essencial acaba se somando aos juros do cartão, que costumam ser altos. Assim, o orçamento familiar se torna cada vez mais apertado e difícil de equilibrar.

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Como o uso do cartão alimenta dívidas silenciosas

A inflação dos alimentos pressiona o bolso, e muitas pessoas acabam recorrendo ao cartão para “respirar” até o próximo pagamento. Mas essa estratégia, a longo prazo, traz mais prejuízos do que alívio. 

Quando os valores não são quitados integralmente, a dívida cresce com os juros e se transforma em um ciclo difícil de romper.

Além dos juros, o uso frequente do cartão cria a ilusão de que ainda há dinheiro disponível, estimulando compras impulsivas e desnecessárias. Isso acontece porque o pagamento não é imediato, e a sensação de gasto é adiada, mascarando o impacto real no orçamento.

Bancos e operadoras de cartão, por sua vez, lucram com esse comportamento. Cada parcela não paga no vencimento vira um acréscimo na fatura seguinte. Com isso, uma despesa de R$ 400 em compras pode, em poucos meses, dobrar de valor, comprometendo ainda mais a renda da família.

A importância de voltar ao dinheiro vivo

Pagar em dinheiro é uma forma simples e eficiente de retomar o controle financeiro. Ao usar cédulas, você tem noção clara do quanto está gastando e evita ultrapassar os limites do orçamento. Além disso, planejar a lista de compras antes de sair de casa ajuda a reduzir compras impulsivas e desperdícios.

Especialistas recomendam definir um valor semanal para alimentação e respeitar esse limite. Isso ajuda a entender melhor os gastos e a evitar que pequenas compras se transformem em grandes faturas. É um hábito que exige disciplina no início, mas que traz tranquilidade financeira no longo prazo.

Também é importante revisar seus padrões de consumo. Muitas vezes, alimentos comprados toda semana acabam no lixo, gerando prejuízo. Comprar menos e com mais consciência reduz custos e ajuda a manter a saúde financeira da família.

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Quando (e como) usar o cartão de forma inteligente

O cartão de crédito não precisa ser um vilão, desde que usado com estratégia. Especialistas indicam que ele deve ser reservado para compras maiores, planejadas e de valor elevado, como eletrodomésticos ou móveis. Para despesas básicas, como supermercado, o ideal é evitar.

Se for usar, escolha cartões com juros baixos e evite parcelamentos longos. Sempre que possível, pague o valor total da fatura para não cair no crédito rotativo, um dos maiores geradores de dívidas no país. Manter o controle sobre o limite disponível também é essencial para evitar surpresas no fim do mês.

Por fim, estabeleça metas financeiras claras: quite dívidas antigas, reduza gastos desnecessários e construa uma reserva de emergência. Ao trocar o cartão de crédito por planejamento financeiro, você ganha liberdade e segurança para administrar melhor o seu dinheiro.

Conheça, no vídeo do canal Clube do Valor, outras dicas para usar o cartão corretamente: