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Direto de Brasília

Os Três Poderes querem revelar os sinais dados nos últimos dias

Com um governismo crescente na Câmara dos Deputados, mas que, no Senado Federal, parece ainda estar frágil, desde a quinta-feira (23) da semana passada, o governo vem intensificando a agenda de visitas, de ministros da Corte, de ministros de Estado e com os presidentes do Legislativo. Essa entrada tão forte foi decorrente do voto do então líder do governo no Senado, senador Jacques Wagner (PT-BA), na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que reduz poderes de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Assim, na sequência do jantar com os ministros, o próprio presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e interlocutores saíram em missão. Isso porque houve uma pré-definição sobre o nome do atual ministro da Justiça, Flávio Dino (PSD-MA), para o STF e de Paulo Gonet, atual vice-procurador geral eleitoral, para a vaga na Procuradoria Geral da República (PGR). As indicações de ambos foram confirmadas no início da tarde desta segunda-feira (27).

Os dois nomes precisam ser sabatinados pelo Senado Federal. Dino ocuparia a vaga da ministra Rosa Weber, aposentada compulsoriamente, ex-presidente do STF, e Gonet ocuparia o lugar de Augusto Aras, que foi afastado depois de ter cumprido dois mandatos.  Lula segue, nesta segunda-feira (27), na primeira viagem internacional depois da cirurgia no quadril. Vai para a COP 28 que é a conferência em que os países membros das Organizações Unidas realizam tratativas de enfrentamento às mudanças climáticas

Agenda do Legislativo

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal, disse que não vê nenhum impeditivo para colocar nas agendas, tanto da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), e na mesma direção sinalizou o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (União-AP). Outros senadores também não demonstraram motivação para reprovar o nome do Dino, mas é certo que o tempo do ministro para o "beija mão" será menor do que o de outros indicados.

Como Pacheco ainda não chegou em Brasília, ainda não houve definições sobre os votos do Plenário, mas pelos corredores da Casa, e o próprio presidente já declarou, que a motivação principal é a votação dos vetos do Planalto, com destaque para a desoneração da folha de 17 setores da economia, e o veto à demarcação das terras dos povos originários.

Fatiar ou não fatiar, eis a questão na Câmara

O deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da reforma tributária na Câmara dos Deputados, afirmou que a missão da Casa, já no início da semana, é a decisão sobre o fatiamento da PEC, mesmo não sendo a favor da ideia. Contudo, são os líderes das bancadas que vão tomar essa decisão, depois de finalizada a análise do texto enviado pelo Senado Federal.

Espera-se que a reunião de líderes para a decisão da estratégia regimental seja realizada nesta segunda-feira (27). Nesta reunião, Arthur também vai verificar se concorda com o relator sobre as supressões sugeridas para o texto do Senado Federal.

O fatiamento consiste numa estratégia utilizada pelo parlamento quando não há concordância sobre o texto entre o Senado e a Câmara. Dessa forma, apenas os trechos convergentes são promulgados, e os divergentes acabam se constituindo um novo relatório que segue tramitando paralelamente.

Crédito da foto: José Cruz/Agência Brasil

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