07 de Maio de 2024 • 03:29
Nilton C. Tristão
As cidades do porvir precisarão adquirir a competência para articular os postulados de diversidade, eficiência, governança, sustentabilidade e interatividade por meio de planejamento efetivo, fundamentado em critérios e estudos sólidos, visando a concepção de modelo que promova oportunidades e preserve ganhos acumulados no decorrer do tempo.
Exceto essa atitude, não existem alternativas viáveis aos transtornos relacionados ao crescimento desordenado que causa as superpopulações e fragiliza os residentes em espaços cada vez mais expostos e vulneráveis à intensificação das intempéries climáticas.
Nesse contexto, os próximos administradores públicos devem procurar a redefinição de agendas e a requalificação de projetos que incentivem a faculdade de transformar os municípios em lugares resilientes, equitativos e inclusivos aos seus habitantes, e perfeitamente adaptados às necessidades de desenvolvimento das próximas gerações (Canal Inteligência Singular). Assim, a edificação de cidades inteligentes será uma condição basilar à evolução social, educacional, cultural, urbana e econômica das sociedades, ou seja, a apropriação do progresso científico e digital tornar-se-á elemento fundamental à mitigação das ocorrências de desigualdades, favorecendo a prosperidade pessoal e, consequentemente, ampliando o bem-estar coletivo.
Importante salientar que o conceito de cidade inteligente não poderá se restringir à distribuição de rede wi-fi gratuita em âmbito comunitário, dado que a sua formulação, aplicação e alcance exige a inserção em esferas favoráveis à difusão dos negócios/empreendedorismo, a conectividade na oferta de serviços universais de qualidade, o aumento da produção energética e hídrica, a diversificação e integração de diferentes matrizes de deslocamento, o fomento de postos de trabalho e o incremento de renda.
Tudo isso associado ao upgrade de três circunstâncias elementares: sistemas de saúde e educação exemplares; aparato de segurança atuante, presente e participativo; conforto estrutural. Logo, as localidades que sobreviverão aos desafios impostos pelo futuro serão aquelas que combinarão a expansão das riquezas materiais com a implantação do igualitarismo (doutrina que defende a equidade de direitos e as mesmas chances para todos, tanto no domínio político como no econômico e social), a partir da conciliação entre as metas individuais e objetivos comuns. Portanto, os questionamentos para os quais os candidatos terão que buscar respostas e apresentar resultados, serão:
1) Quais ferramentas tecnológicas, estratégicas e gerenciais detêm a maior eficácia para converter os problemas de sempre em soluções duradouras? 2) Qual o melhor caminho para reencontrar o equilíbrio harmonioso entre urbes e natureza? 3) De que maneira a municipalidade tem que proceder para que sonhos não sejam perdidos e planos adiados? 4) Como aprimorar a qualidade de vida das famílias? 5) Quais os pilares apropriados para fortalecer a identidade e a vocação local? 6) Como tornar a rede municipal de ensino uma instância de proteção infantojuvenil? Os infortúnios da nova realidade socioambiental vêm avançando e sendo potencializados através dos constantes erros e anomalias derivados do anacronismo oficial, portanto, o rompimento com o atraso, respaldado pela retórica populista, reaparece como uma exigência imperiosa.
Em síntese, não há como resistir ao vigor implacável de outras crises, tensões e calamidades sem que haja a inevitável ruptura com os procedimentos tradicionais que desorientam a condução do poder executivo e da representação parlamentar/vereança.
Nilton C. Tristão
Cientista Político
*foto: Nelson Jr./TSE
Cotidiano
O caso aconteceu na Avenida Marechal Floriano Peixoto, no Gonzaga
Cotidiano
O criminoso foi levado à delegacia e permanece à disposição da Justiça.