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Petrobras passa a ser a empresa de petróleo mais endividada do mundo, alerta OMC

A companhia tem uma dívida de cerca de US$ 125 bilhões

Estadão Conteúdo

Publicado em 17/07/2017 às 14:00

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Os escândalos de corrupção na Petrobras e sua política de preços levaram a estatal brasileira a ser a empresa de petróleo mais endividada do mundo / Divulgação

Os escândalos de corrupção na Petrobras e sua política de preços levaram a estatal brasileira a ser a empresa de petróleo mais endividada do mundo. A constatação faz parte do informe produzido pela OMC, que avalia a situação da política comercial do Brasil.

"Depois que durante anos a empresa se utilizou de generosa renda como instrumento de política social, desde 2016 a Petrobras corta gastos e vende ativos, além de ter enfrentando um grande escândalo de corrupção", apontou o informe.

A companhia, que tem uma dívida de cerca de US$ 125 bilhões, tem a previsão de que sua produção seja reduzida a 2,1 milhões de barris por dia, ainda que espere alcançar 2,7 milhões em 2020", apontou. "Os fatos que ocorreram no país, em combinação com um contexto de preços baixo de petróleo, contribuíram para que a Petrobras passasse de obter lucros para sofrer grandes perdas entre 2014 e 2015", disse.

Um dos responsáveis por essa dívida teria sido a política de preços da Petrobras. A empresa, de acordo com a OMC, foi "cobrindo a diferença entre os preços do mercado mundial e o preço nacional (de combustíveis)". "Essa política custou à empresa bilhões de dólares e contribuiu para convertê-la na empresa petroleira mais endividada do mundo", constatou a OMC.

De acordo com o informe, a "política parece ter provocado nos últimos anos uma perda nas vendas de petróleo de cerca de R$ 60 bilhões (US$ 17,4 bilhões)".

A OMC admite que, em 2016, a estatal anunciou uma nova política para determinar os preços da gasolina e diesel nas refinarias. "De acordo com a nova política, os preços de petróleo se atualizam a cada mês, sobre a base das variações dos preços internacionais, da taxa de juros, as margens de transporte e condições do mercado nacional, além de não se permitir que caiam abaixo da paridade internacional", completou.

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