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Mais de um terço dos moradores da cidade de SP já teve contato com o coronavírus

O estudo, feito com testagem de 1.521 pessoas, mostrou que 33,5% já haviam tido contato com o vírus. Considerado o máximo do intervalo de confiança da pesquisa, esse resultado pode chegar a 37,1%

Folhapress

Publicado em 13/05/2021 às 18:04

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O resultado representa um crescimento em relação à fase anterior do inquérito / Agência Brasil

A presença da variante de Manaus, a P1, que é mais transmissível, fez com que mais de um terço dos moradores da cidade de São Paulo tivessem contato com o novo coronavírus, segundo o Inquérito Sorológico da prefeitura. O resultado do estudo foi divulgado no início da tarde desta quinta (13) em coletiva de imprensa.

O estudo, feito com testagem de 1.521 pessoas, mostrou que 33,5% já haviam tido contato com o vírus. Considerado o máximo do intervalo de confiança da pesquisa, esse resultado pode chegar a 37,1%. "Isso mostra o impacto da P1 [variante de Manaus] na cidade de São Paulo", afirma o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.

O resultado representa um crescimento em relação à fase anterior do inquérito, realizado em fevereiro, que mostrou que naquele momento, 25% (um quarto) da população havia tido contato com a doença.

Aparecido destacou o índice de assintomáticos no estudo, que foi de de 56,1% dos que já tiveram contato com o vírus. No último inquérito, essa parcela foi de 45,1% dos testados.

"[O aumento se deu] muito em função da P1. Houve um aumento elevado em jovens adultos que apresentam menos sintomas. Portanto, contraem o vírus, têm menos sintomas e têm um perigo maior de contaminação das demais pessoas."

A maior prevalência do vírus foi registrada na população entre 18 e 34 anos, segundo o estudo: 35,1%. Nas pessoas entre 35 e 49 anos, o índice foi de 28,7%, enquanto na faixa de 50 a 64 anos foi de 28%. A prevalência em pessoas acima de 65 anos não foi divulgada porque a parcela participante do estudo foi baixa -foram excluídas da amostra aqueles que já receberam a vacina.

Quando segmentado por região, o inquérito mostra uma prevalência maior do vírus nas populações da zona sul (39,1%) e zona norte (34,4%).

O aumento foi registrado em todas as faixas de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do município. O maior crescimento, de 9,8 pontos percentuais, foi na população e IDH alto, que passou de 20,1% no estudo anterior para 29,9% no mais recente. Ainda assim, esta é a faixa com menor prevalência -o indicador é de 33,7% nas áreas de IDH médio e de 36,2% nas de IDH baixo.

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