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Mais de 40 milhões de brasileiros querem trabalhar mas não conseguem, diz IBGE

Os números são da pesquisa Pnad Covid-19, que busca identificar os efeitos da pandemia no mercado de trabalho e na saúde dos brasileiros

Folhapress

Publicado em 14/08/2020 às 13:45

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A taxa de desemprego chegou a 13,7% na quarta semana de julho / Divulgação

A taxa de desemprego chegou a 13,7% na quarta semana de julho, com 12,9 milhões de desocupados, 3 milhões a mais do que na primeira semana de maio, quando a taxa de desocupação estava em 10,5%.

Os números são da pesquisa Pnad Covid-19, que busca identificar os efeitos da pandemia no mercado de trabalho e na saúde dos brasileiros.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) considera como desocupados apenas os trabalhadores que procuraram ativamente por uma vaga de emprego.

Outros 28 milhões de brasileiros gostariam de trabalhar, mas foram considerados fora da força de trabalho na semana de 19 a 25 de julho, por não terem buscando ativamente uma ocupação.

Desse contingente, 18,5 milhões disseram que não procuraram trabalho por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam.

Assim, o país somava na quarta semana de julho mais de 40 milhões entre pessoas oficialmente consideradas desempregadas e aquelas que gostariam de trabalhar, mas não buscaram ocupação por algum motivo, dentre eles, a pandemia.

Esse cotingente de pessoas chegou a 40,9 milhões na quarta semana de julho, comparado a 40,3 milhões na semana anterior e 36,9 milhões no início de maio, quando começou a série histórica da Pnad Covid. Assim, desde maio, são 4 milhões de pessoas a mais que gostariam de trabalhar e não conseguem, um aumento de 11%.

Na semana de 19 a 25 de julho, a população ocupada somava 81,2 milhões, estatisticamente estável em relação à semana anterior (81,8 milhões), mas uma queda em relação ao início de maio (83,9 milhões).

Os afastados do trabalho devido ao distanciamento social caíram a 5,8 milhões na quarta semana de julho, ante 6,2 milhões na semana anterior e 16,6 milhões no início de maio.

Com isso, os afastados do trabalho passaram a representar 7,1% da população ocupada, contra 19,8% no início de maio.
Ainda dentro da população ocupada, 8,3 milhões seguiam trabalhando remotamente na quarta semana de julho, contra 8,2 milhões na semana anterior e 8,6 milhões no início de maio.

O nível de ocupação, percentual de pessoas efetivamente ocupadas entre aquela em idade de trabalhar, chegou a 47,7% na semana de 19 a 25 de julho, comparado a 48% na semana anterior e 49,4% no início de maio.

A taxa de informalidade chegou a 33,5% na quarta semana de julho, ligeiramente acima da semana anterior (32,5%), com 27,2 milhões de pessoas trabalhando de forma informal ao fim do mês passado.

"Vimos na divulgação da semana passada que essa população tinha caído. É uma força de trabalho que oscila bastante nessas comparações curtas. As pessoas entram e saem da força de trabalho com muita facilidade. Com mais facilidade que a população ocupada, que é formalizada", afirmou a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.

Entre os informais estão os empregados do setor privado e trabalhadores domésticos sem carteira; empregadores e trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS; e pessoas que trabalham ajudando familiares sem remuneração.

SAÚDE
Ainda conforme a pesquisa, 13,3 milhões de pessoas apresentavam pelo menos um dos 12 sintomas associados à gripe (febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular) na quarta semana de julho.

Dessas, cerca de 3,3 milhões buscaram atendimento médico. Desse total, 159 mil ficaram internadas em algum hospital. No início de maio, quando a pesquisa começou, 26,8 milhões relataram algum sintoma gripal.

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