26 de Abril de 2024 • 23:28
Incêndio atingiu 66.014 mil hectares, o equivalente a 28% do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros / Agência Brasil
Após o maior incêndio da história do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, a unidade de conservação reabriu hoje (1º) e recebeu 51 visitantes. O parque está funcionando normalmente. A entrada é das 8h às 12h e a saída até 18h.
Segundo o chefe da unidade, Fernando Tatagiba, o número de visitantes foi abaixo do normal para uma quarta-feira, mas ele espera que o movimento se intensifique a partir de amanhã com o feriado do Dia de Finados. "A equipe do parque está pronta para receber os visitantes e a dos outros atrativos também. Os municípios da Chapada abriram centenas de atrações, estão todas abertas. Os visitantes podem procurar guias da região. Estamos preparados".
A visitação está aberta para 480 pessoas por dia e é limitada de acordo com a capacidade das trilhas: Trilha dos Saltos, com 250 visitantes por dia; Trilha dos Cânions, com 200 visitantes por dia; Trilha da Seriema, com 30 visitantes/dia.
Segundo Tatagiba, apenas a Travessia das Sete Quedas, que inclui um acampamento, permanece fechada. A capacidade dessa trilha é de 20 pessoas acampadas por noite. Mesmo com o incêndio, as estruturas físicas do parque ficaram intactas, graças ao trabalho dos brigadistas e bombeiros.
A reabertura do parque é esperada pela população até mesmo por questões econômicas, já que a região é movimentada pelo ecoturismo. Pesquisa divulgada esta segunda-feira (30) pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) mostra que o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros gerou, em 2015, com a presença de 56,6 mil visitantes, uma renda de R$ 3,3 milhões para os municípios próximos, além de 135 empregos. No total, os visitantes brasileiros e estrangeiros gastaram R$ 4 milhões.
Incêndio atingiu 66.014 mil hectares
De acordo com o ICMBio, os incêndios afetaram 66.014 mil hectares, o equivalente a 28% da unidade de conservação. O incêndio começou no último dia 10, obrigando o parque a fechar as portas no feriado do dia 12 de outubro.
O incêndio foi controlado e um novo foco surgiu no dia 17. Desde então, novos focos, com suspeitas de ação humana criminosa, foram surgindo. Devido às altas temperaturas, locais onde o fogo já havia sido controlado voltavam a queimar.
A ação de combate envolveu o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e de Goiás e Grupo Ambientalista do Torto (GAT).
Além disso, mais de 500 voluntários se juntaram ao combate às chamas e desempenharam papel fundamental, atuando em várias frentes e arrecadando recursos que serão utilizados em treinamentos e ações de prevenção. A Força Área Brasileira (FAB), Polícia Militar do DF e a Polícia Rodoviária Federal também apoiaram os trabalhos, cedendo aviões e helicópteros.
Após a extinção do incêndio, começa uma nova fase. Veterinários e voluntários trabalham para verificar a presença de animais mortos ou feridos. Diante das suspeitas de que o incêndio possa ser criminoso, peritos da Polícia Federal atuam na investigação das causas do fogo.
Polícia
Um dos agentes envolvidos alegou que sua câmera corporal estava descarregada no momento dos tiros
Cotidiano
O acidente ocorreu por volta das 6h30, no cruzamento da Rua Comendador Martins com a Júlio de Mesquita