26 de Abril de 2024 • 01:37
Abandono de animais é crime no Brasil / NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL
Dezembro é, historicamente, o mês em que mais animais são abandonados, sendo um reflexo das festas de fim de ano e do período de férias.
O abandono de um animal de estimação é considerado o pior dos maus tratos, pois leva o animal ao sofrimento extremo, sendo, por isso, verdadeiro ato de desrespeito à integridade da relação do homem com a própria natureza.
Isso porque o abandono gera ao animal a dor do isolamento atrelada à perda de confiança no ser humano, a exposição ao frio, chuva e excesso de calor, a dificuldade de encontrar alimento e água em ambiente desconhecido, o risco iminente de atropelamento e o ataque por outros animais, além do malefício em contrair doenças como a verminose, bicheira, desnutrição, confusão mental.
Abandono é crime.
A pandemia provocada pelo Covid-19 fez aumentar a adoção de animais de estimação que se tornaram companhias valiosas para as pessoas que ficaram em casa nesse período.
Entretanto, o abandono destes pets também aumentou com o retorno à normalidade e com o falecimento repentino de proprietários, cujos familiares não prosseguiram com os cuidados do pet, trazendo, sem dúvida, grande impacto social e econômico a toda sociedade. A adoção é uma decisão importante que precisa ser pensada com carinho, pois exige cuidados.
Somente amor não é suficiente para quem pretende adotar ou comprar um pet.
Os custos, a disponibilidade de espaço, o convívio com outras espécies, o tempo de dedicação, entre outros fatores são importantes para se ter um bichinho. Ações de conscientização, educação quanto à guarda responsável, políticas públicas de controle populacional e reprodutivo de cães e gatos em grande escala (estímulo para esterilização de cães e gatos e oferta de serviços gratuitos de esterilização, imunização e vermifugação para pessoas carentes), registro e identificação dos pets (microchipagem), punições severas para quem pratica o abandono são as melhores ações a serem consideradas para se evitar o abandono em si.
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