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Cotidiano

Preço do etanol na Baixada Santista fica acima da média do Estado

Cubatão lidera essa corrida da carestia. Enquanto o preço médio no Estado ficou em R$ 2,416 por litro, o motorista pagou, em média, R$ 2,907, na cidade

Nilson Regalado

Publicado em 10/09/2017 às 10:00

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O preço médio do etanol na Região Metropolitana d Baixada Santista ficou acima do valor praticado / Rodrigo Montaldi/DL

O balanço mensal da Agência Nacional do Petróleo (ANP) apontou que o preço médio do etanol na Região Metropolitana da Baixada Santista ficou acima do valor praticado nas outras 102 cidades paulistas pesquisadas. E Cubatão lidera essa corrida da carestia. Enquanto o preço médio no Estado ficou em R$ 2,416 por litro, em Cubatão o motorista pagou, em média, R$ 2,907 por litro, com máximas de até R$ 2,999. Só Caraguatatuba, no Litoral Norte, se aproximou de Cubatão, com média de R$ 2,903.

Mas, os preços médios também ficaram acima do padrão estadual em Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande e Itanhaém. Nesse ranking regional, Guarujá foi a vice-líder, com preço médio de R$ 2,614 pelo litro do biocombustível, seguida de Itanhaém, onde o valor médio nos postos foi de R$ 2,582 em agosto.

Em Praia Grande, a média de preços foi de R$ 2,532, enquanto os motoristas santistas pagaram R$ 2,528, com picos que chegaram a até R$ 2,999. Na Baixada Santista, o etanol mais barato foi encontrado em São Vicente. Lá, a média foi de R$ 2,530, também acima do padrão estadual, e picos de até R$ 2,899 em alguns pontos de venda.  No total, a ANP colheu informações em 153 postos da região.

Na Capital do Estado, o valor médio foi de R$ 2,391. Dracena, no Interior Paulista, teve a menor média de preços para o etanol. Lá, os motoristas pagaram R$ 2,171 pelo litro.

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP (Cepea), o volume de etanol hidratado negociado entre usinas e distribuidoras do Estado teve aumento de 82,5% de julho para agosto. O motivo foi o forte aumento no preço da gasolina.

Esse aumento na procura pelo etanol provocou a elevação também no valor do biocombustível, que subiu 8% nas usinas em agosto, na comparação com o mês de julho. Ainda assim, segundo o Cepea, abastecer com o álcool seguiu sendo mais vantajoso para o consumidor porque o biocombustível ­custou, em média, 67,9% do preço da gasolina­.

PEC do Teto já reduz...

O Governo Federal vem reduzindo sistematicamente a aquisição de alimentos colhidos pelos pequenos sitiantes de todo o País. A denúncia foi apresentada na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados no final de agosto.

...compra de ­alimentos...

Essa redução vem afetando o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), criados justamente para incentivar a distribuição de renda no campo através da compra pela Conab dos produtos da agricultura familiar.

...para merenda escolar

Em 2016, os recursos repassados à Conab viabilizaram a compra de 88.120 toneladas de alimentos produzidos por 29.318 agricultores familiares organizados em cooperativas ou associações. Com orçamento de apenas R$ 54 milhões para 2017, estima-se que só oito mil famílias poderão comercializar sua produção por meio do PAA.

Feijão com ­analgésico...

Pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba desenvolveram uma técnica para cultivo de feijão sob estresse hídrico extremo. O método utiliza o analgésico e anti-inflamatório ácido salicílico para germinar a semente com menos água disponível na terra durante as secas.

...para enfrentar o estresse!

A ideia é impedir que os eventos climáticos extremos causados pelo aquecimento global desestimulem a produção do feijão caupi no sertão nordestino. ­Assim como o carioca em São Paulo e o preto no Rio de Janeiro, o feijão caupi é ­importante fonte de proteína no Norte e ­Nordeste do País.

Filosofia do campo:
“A liberdade de mercado permite que você aceite os preços que lhe são impostos”, Eduardo Galeano (1940/2015), jornalista e escritor uruguaio.

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