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Cotidiano

Funcionários da Prodesan querem uma definição

Ocorrerá no próximo dia 25. Ontem, 200 empregados da empresa resolveram endurecer a luta e tiveram respaldo dos vereadores

Carlos Ratton

Publicado em 21/07/2017 às 10:00

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Os vereadores ouviram a comissão e, diante do auditório lotado, garantiram apoio aos trabalhadores / Matheus Tagé/DL

A comissão de funcionários da Progresso e Desenvolvimento de Santos – Prodesan e oito vereadores decidiram ontem, na Câmara, exigir, na próxima terça-feira (25), às 10 horas, em reunião com o Governo, a manutenção dos empregos, dos contratos – principalmente o que garante a limpeza e manutenção dos equipamentos da saúde – e a abertura das planilhas da empresa. Caso nenhuma das questões seja definida, os funcionários farão uma manifestação aberta na Praça Mauá, em frente à Prefeitura.   

A decisão foi tomada após a discussão com mais de 200 funcionários da Prodesan, que lotaram o auditório Zeny de Sá Goulart, onde participaram oito vereadores. O encontro foi conduzido por Fabrício Cardoso (PSB) que já marcou para 4 de agosto, às 18 horas, no mesmo local, uma audiência pública para discutir as possíveis demissões nos 12 segmentos de trabalhadores da Prodesan.

“Vamos manter uma manifestação pacífica, mas firme. Os trabalhadores só querem a verdade e a transparência. Tem muita lacuna aberta. A Administração está fazendo tudo para dividir os trabalhadores, mas só os está fortalecendo”, disse Cardoso.    

O representante da comissão de funcionários, Luiz Carlos Pascoal, disse que a maior preocupação é que o ex-presidente da Prodesan, Odair Gonzalez, antes de sair, disse que 62% da receita da empresa iria acabar em outubro próximo. “Isso vai causar desemprego com certeza. Por isso o movimento continua. O secretário de Governo, Rogério Santos, não deixou clara as intenções da Prefeitura. A Prodesan tem 1.100 funcionários e só na área da saúde poderão ocorrer 500 demissões”, afirma.

O advogado Ricardo Varela, também membro da comissão, disse que a manutenção dos contratos são fundamentais para garantir os empregos. “Sem eles, a empresa é inviável. Precisamos mantê-los por pelo menos 24 meses, para equilibrar a empresa. Se 500 funcionários saírem, a manutenção dos demais está comprometida”, explica.

Vereadores

O presidente da Câmara, Adilson Júnior Júnior (PTB), disse que o secretário de Governo garantiu a preservação dos empregos em recente reunião realizada esta semana. “Ele não cometeria a inocência de prometer algo e depois não cumprir”, disse.

O vereador Benedito Furtado (PSB) disse aos trabalhadores a necessidade do não aceite de demissões coletivas, a importância da participação do sindicato da categoria e que os trabalhadores “devem, caso necessário, ocupar a Praça Mauá para garantir os empregos”.

Também presente ao encontro, a vereadora Telma de Souza (PT), disse que foi impedida de falar na reunião com o secretário de Governo. “Precisamos de informações e manter a mobilização. Vamos exigir que coloquem no papel tudo que for acordado terça-feira e uma cópia das planilhas da empresa”.

Após Telma, também se manifestaram os vereadores Fabiano da Farmácia (PR); Zequinha Teixeira (PSD), Chico Nogueira (PT) e Rui de Rosis (PMDB). Esse último chegou a sugerir que na próxima semana, a reunião fosse com o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB). “Ele (Barbosa) é que é o dono da caneta e tem o poder de decisão, não o secretário”, disparou. Todos deverão participar do encontro na Prefeitura na próxima semana.

Prefeitura

A Prefeitura informou ontem, em nota, que todos os contratos estão sendo revisados em busca de um equilíbrio econômico da empresa, que está sendo verificada a potencialidade dos seus ativos, que não há definição de quais e quando serão vendidos e que está trabalhando no conceito da não demissão dos funcionários.

“A Prodesan está trabalhando no conceito da não demissão dos funcionários baseada na eficiência, economicidade e no aproveitamento de seus colaboradores. Eles desempenharão novas atividades e na ampliação das que já existem, conforme a necessidade do município e do momento atual do país”, finalizou a Administração.

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