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Cotidiano

Empréstimo do BNDES não evitou demissões na Usiminas, diz diretor

A saída encontrada pela empresa foi paralisar a unidade de produção de aço da empresa em Cubatão, São Paulo, o que resultou na demissão de 4 mil trabalhadores.

Agência Brasil

Publicado em 26/11/2015 às 15:00

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Quatro mil trabalhadores foram demitidos na Usiminas / Luiz Torres/DL

O empréstimo no valor total de R$ 2,3 bilhões, concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à Usiminas nos anos de 2006 e 2011, não foi suficiente para evitar os impactos da crise econômica na siderúrgica e evitar a demissão de 4 mil trabalhadores, disse hoje (26) o presidente da companhia, Rômel Erwin de Souza.

Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES, Souza afirmou que a atual situação econômica é pior do que a vivida pelo país em 2008, com queda maior do mercado interno e crescimento da produção chinesa. “O mercado externo é a saída porque o mercado interno desabou”, disse Souza, ao destacar que, desde o início do ano, o Instituto Aço Brasil está negociando com o governo medidas de incentivo à exportação e barreiras econômicas ao aço produzido na China. “Se essas medidas tivessem sido adotadas antes, as demissões poderiam ter sido evitadas.”

Segundo Souza, com a atual situação, a saída encontrada pela empresa para minimizar impactos ainda maiores foi paralisar a unidade de produção de aço da empresa em Cubatão, São Paulo, o que resultou na demissão de 4 mil trabalhadores. Souza explicou que as demissões foram adotadas para preservar 16 mil empregos gerados pela companhia.

O deputado Marcelo Squassoni (PRB-SP), autor do requerimento para ouvir Souza e o presidente do Conselho de Administração da Usiminas, Marcelo Gasparino da Silva, que também esteve na CPI na manhã de hoje, destacou que a China tem um excedente de 400 milhões de toneladas de aço e vende o produto a preços baixos no mercado internacional.

Parlamentares de oposição rebateram o argumento usado na defesa de medidas protecionistas afirmando que o problema está concentrado na paralisação da economia brasileira.

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