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Cotidiano

Com apoio, Prefeitura de São Vicente realiza festival de quadrilhas juninas

Alves explicou que para a realização do festival seriam necessários R$ 30 mil para custeio de transporte, premiação e alimentação, verba que a prefeitura não dispunha

Publicado em 31/05/2016 às 09:00

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O 4º Festival de Quadrilhas Juninas de São Vicente será realizado / Rodrigo Montaldi/DL

Agora é oficial. O 4º Festival de Quadrilhas Juninas de São Vicente será realizado. Após ser procurada por membros dos grupos e conseguir estrutura, a Prefeitura de São Vicente promoverá o tradicional evento de 16 a 19 de junho, no Ginásio Poliesportivo João Ramos do Nascimento (Dondinho), no Catiapoã. Por falta de recursos, a Administração Municipal havia cancelado a atividade.

“Não ia acontecer porque, em decorrência das reuniões que foram realizadas com as quadrilhas juninas, antes da divulgação do cancelamento, muitas disseram que, se não tivesse a premiação, não teriam como participar. Por uma questão de respeito às quadrilhas juninas, uma vez que a gente não tinha a estrutura para oferecer, como oferecemos nos anos anteriores, decidimos cancelar”, afirmou Amauri Alves, secretário de Cultura de São Vicente. 

Alves explicou que para a realização do festival seriam necessários R$ 30 mil para custeio de transporte, premiação e alimentação, verba que a prefeitura não dispunha. Um vereador da cidade ofereceu ajuda. “Fomos procurados por um vereador que quis colaborar com a estrutura e não criar um evento paralelo. Passei a lista. Ele conseguiu som, luz, lanche e, junto à empresas que ele conhece, conseguiu colocar o custo do transporte baixíssimo. Um custo operacional”, explicou o secretário.

Ao contrário das edições anteriores, o festival deste ano não terá premiação em dinheiro. As quadrilhas que vencerem a disputa receberão troféus. O transporte também ficará sob a responsabilidade dos participantes. 

“No ano passado nós fizemos lá (no Dondinho), e, em uma das noites, conseguimos levar mais de cinco mil pessoas. É um espaço que de acordo com os próprios brincantes e coordenadores foi muito agradável, pois eles têm espaço para se preparar, para evoluir e com arquibancadas para as pessoas assistirem”, disse Alves.

Profissionalização

O secretário de Cultura ressaltou a qualidade dos grupos de São Vicente, que possui o maior número de quadrilhas juninas do Estado de São Paulo. Este é o quarto ano que o município realiza oficialmente o evento.

“Sempre tivemos a preocupação de valorizar o trabalho deles. Temos quadrilhas juninas que têm mais de 30 anos de existência. Teve uma política pública de valorização da cultura popular dos brincantes juninos. Durante esses três anos, as quadrilhas juninas têm CNPJ – que não tinham – elas não existiam juridicamente. Isso só foi possível por causa deste processo de profissionalização e capacitação”, afirmou Alves.

Inscrições. Os grupos interessados em participar do evento devem se inscrever a partir desta quarta-feira (1º) até o próximo dia 10, Secretaria de Cultura, que fica na Avenida Embaixador Pedro de Toledo, 593, no Centro. Quadrilhas de outras cidades também podem participar, mas sem concorrer. A programação será realizada de 16 a 19 de junho, no Dondinho.

Grupos da cidade se mobilizam

Angela Soares, presidente da quadrilha junina Andy Angel, disse que houve um esforço dos grupos vicentinos para que a festa oficial não fosse cancelada: “A gente batalha tanto, se prepara para o festival e não vai ter? Falamos com o secretário. A gente participa não tendo premiação. Vamos dançar. É uma forma de divulgar o trabalho de cada uma e ficar mais conhecida tanto em São Vicente como na Baixada”. 

O grupo da Vila Margarida, que existe há 16 anos, é formado por uma maioria de jovens da periferia de São Vicente. “A preparação é durante todo o ano. É difícil é complicado é caro. Cada vestido sai na faixa de R$ 300. Para poder adquirir o material a gente participa de carnaval para conseguir tecido. Tivemos ajuda de uma pessoa que nos viu dançando e resolveu nos ajudar com figurino”, disse Angela, que também é a costureira da quadrilha.

A novata Pegada Nordestina vai estrear no festival de São Vicente. A quadrilha foi formada há um ano e já vinha se preparando para o evento. “A gente estava esperando o festival, porque já virou uma tradição para gente. A gente não tinha marcado mais nada porque estávamos nos preparando para o lançamento da quadrilha, já no concurso da cidade. Quando veio a notícia de que não teria mais. Foi quando todos os grupos se juntaram e decidimos conversar com o Amauri para ter o festival. Reorganizamos nossa agenda”, afirmou Sandra Lima, presidente da Pegada Nordestina, que tem sua sede no Centro da cidade. 

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