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Cotidiano

Clima de insegurança volta à Praia Grande após feriadão

O município voltou a ser palco de inúmeros casos de violência contra turistas e moradores

Da Reportagem

Publicado em 12/09/2017 às 10:28

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O Boqueirão, onde o movimento de turistas é intenso, seria um dos principais alvos dos marginais / Rodrigo Montaldi/DL

Os momentos de tensão vividos por um casal na Vila Tupi que ficou cerca de duas horas nas mãos de marginais, o arrastão na orla do Ocian que deixou vítimas e a invasão de uma casa de veraneio no Balneário Flórida, causando prejuízos financeiros a dois casais, tudo no último feriadão, acabaram aumentando a sensação de insegurança à população de Praia Grande.

A Reportagem esteve ontem à tarde na cidade para conversar com alguns munícipes, também via digital, percebeu muita insatisfação. Segundo alguns revelaram, o comércio e os moradores que dependem do turismo estão preocupados e se questionando se as vítimas vão voltar ao Município futuramente.

“Tem final de semana que é de boa. Mas, quando tem feriado prolongado, complica muito. Estão roubando quem estiver na frente. Fazem arrastão na praia. A pessoa vai tirar uma foto com celular e já vira vítima”, revela Antônio Edson Ferreira da Silva, morador do Jardim Esmeralda.

Lithiene Meira Faria, moradora do Boqueirão, explica que as abordagens estão crescendo muito. “Não podemos sair com celular ou com uma roupa melhor. Tem bandido vindo de outras cidades de São Paulo para sequestrar em Praia Grande. O Centro é da cidade é o ambiente mais propício”, afirma.

A advogada Francis Costa, moradora do Canto do Forte, também reclama da violência. “Furtos e roubos ocorrem diariamente. É lógico que se intensifica com a vinda de turistas. À noite é pior e em locais de grande movimento. É preciso mais policiamento”.

Gilberto Ribeiro está morando seis meses em Praia Grande. Ele é do Paraná e disse que a violência está em todo lugar, mas reafirma que o Centro e a praia são as regiões mais vulneráveis da Cidade. “É onde ocorrem mais casos e que deveria ter um policiamento mais reforçado, pelo menos nos finais de semana”.      

Daniel Cabral de Oliveira, do Jardim Quietude, e Júnior Teixeira, da Vila Tupy, alertam que seus bairros já entraram na ‘lista negra’ dos Correios em virtude do grande número de ocorrências.

Mourão

O prefeito de Praia Grande e presidente do Conselho Metropolitano de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), Alberto Mourão, resolveu semana passada discutir segurança nas nove cidades da região. Ele quer mapear e traçar um perfil da violência urbana para enfrentar as questões relacionadas à criminalidade.

Para ele, segurança pública não se resume em mais investimentos e policiamento ostensivo e revela que é preciso discutir segurança envolvendo outras vertentes, como a educacional, a cultural, a social e familiar. “Até a legislação precisa ser rediscutida e aprimorada, não somente na penalização, mas na sistematização dos direitos”, disse o presidente do Condesb.

Numa reunião do órgão, pensou-se, entre outras coisas, na possibilidade de uma operação policial, semelhante a Operação Verão, ocorrer todos os finais de semana na Baixada. A sugestão foi do deputado estadual Caio França (PSB) e teve apoio de Alberto Mourão.

O Diário do Litoral procurou a Secretaria de Segurança Pública do Governo do Estado. No entanto, até às 19 horas de ontem, nenhum posicionamento foi enviado à Redação.  

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