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Suzane von Richthofen perde vaga em faculdade após final de prazo no Fies

Ela havia se cadastrado para cursar a graduação em administração de empresas, no período noturno na Faculdade Dehoniana

Folhapress

Publicado em 22/02/2017 às 08:30

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Suzane von Richtofen foi condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais em 2002 / Estadão Conteúdo

Suzane von Richtofen, condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais em 2002, perdeu a vaga que obteve para ingressar em um curso superior, financiado pelo Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), do governo federal. O prazo encerrou na noite de segunda-feira (21), sem que ela fizesse inscrição.

De acordo com a assessoria de imprensa do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento Econômico), ligado ao Fies, o nome de Suzane não constava no cadastro deste semestre, mesmo depois de ter sido aprovada na lista de pré-selecionados no último dia 13.

Ela havia se cadastrado para cursar a graduação em administração de empresas, no período noturno na Faculdade Dehoniana, instituição de ensino católica na cidade de Taubaté, no Vale, em São Paulo. O curso é presencial e tem duração de oito semestres.

Não houve nenhum contato de Suzane com o setor responsável pelo Fies, segundo informou o departamento de comunicação da Faculdade Dehoniana. Uma vez selecionada, ela deveria ter dado continuidade ao processo e ter procurado a escola, o que não aconteceu.
A vaga de Suzane será disponibilizada para outro inscrito no programa federal de financiamento.

Ela entrou na lista do Fies devido ao desempenho que obteve no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Em abril de 2016, a Justiça autorizou Suzane a cursar administração em outra faculdade da cidade.

Ela havia pedido autorização para ingressar na Universidade Anhanguera de Taubaté sob o argumento de que custearia a graduação com sua própria renda do trabalho na prisão.
Em 2015 Suzane passou para o regime semiaberto e, em outubro, a Justiça autorizou a frequentar faculdade.

Procurada pela reportagem, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo, que é responsável pelo acompanhamento processual do caso de Suzane, declarou que não vai se manifestar porque é uma questão da vida privada.

O crime

Suzane, seu ex-namorado Daniel Cravinhos e o irmão dele, Christian, foram condenados pelos assassinatos de Manfred e Marísia von Richthofen, ocorridos em 2002. Os irmãos Cravinhos estão no regime semiaberto desde 2013.

Há um ano, a Justiça de São Paulo determinou que a herança da família Von Richthofen seja entregue apenas ao irmão de Suzane, Andreas Albert von Richthofen. Na sentença, o juiz determinou que ela deveria ser excluída da partilha dos bens por considerá-la "indigna". A herança é calculada em mais de R$ 3 milhões.

Em 2014, Suzane se casou com Sandra Regina Gomes, condenada a 27 anos pelo sequestro e morte de um adolescente em Mogi das Cruzes (SP). Mas Sandrão, como é conhecida, conseguiu a progressão para o semiaberto em fevereiro de 2015 e se mudou para outra unidade prisional, em São José dos Campos.

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