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Registros de gripe mais que dobram no Brasil e país já soma 608 mortes

Destes, cerca de 60% dos casos foram causados pelo H1N1, vírus de circulação sazonal, mas apontado como de maior chance de causar complicações em pessoas de maior risco

Folhapress

Publicado em 27/06/2018 às 17:01

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O documento contabiliza os registros de atendimentos da chamada síndrome aguda respiratória grave até o dia 23 de junho / Divulgação

Dados de novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde apontam que o país já registra 3.558 casos de influenza, com 608 mortes -o equivalente a mais do que o dobro do mesmo período do ano passado. O documento contabiliza os registros de atendimentos da chamada síndrome aguda respiratória grave até o dia 23 de junho.

Destes, cerca de 60% dos casos foram causados pelo H1N1, vírus de circulação sazonal, mas apontado como de maior chance de causar complicações em pessoas de maior risco, como idosos e crianças.

Para comparação, no mesmo período de 2017, havia 1.459 casos de influenza, com 237 mortes -o que representa um aumento de 143%. Na época, o vírus predominante era H3N2.

Já no início deste mês, o país registrava 2.315 casos de influenza, com 274 mortes.

Dentre as mortes ocorridas neste ano, 74% foram em pacientes com ao menos um fator de risco para desenvolver complicações da doença, como idosos (236 mortes), pessoas com doenças cardiovasculares (143 mortes) e diabetes (109 casos).

Também cresceu o número de mortes de crianças menores de cinco anos. Só até a última semana, foram 46 casos, o triplo do registrado no mesmo período do ano anterior.

Atualmente, a taxa de mortalidade por influenza é de 0,29% para cada 100 mil habitantes.

Apesar do aumento, o total ainda é menor do que o registrado em 2016, quando houve 12.174 casos de gripe –o maior número já registrado desde a pandemia de 2009.

Vacinação

Em meio a esse aumento de casos de gripe neste ano, a campanha de vacinação contra a doença, iniciada no fim de abril, não conseguiu atingir a meta prevista pelo Ministério da Saúde.

A expectativa era vacinar até 90% do público-alvo, formado por gestantes, puérperas, idosos, crianças de seis meses a menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, professores, indígenas e pessoas privadas de liberdade.

Até esta segunda-feira (25), no entanto, apenas 86% deste público já havia sido vacinado, o que indica que 6,8 milhões de pessoas não tomaram a vacina.

O grupo com menores índices de vacinação é o de gestantes e crianças, com cobertura vacinal de 73,2% e 73,4% do total, respectivamente.

Mesmo com os índices baixos, a campanha foi encerrada na sexta-feira (22). Postos de saúde que tiverem estoque de vacinas disponíveis ainda podem ofertar a imunização.

O público-alvo, porém, foi ampliado. Desde segunda, a vacina também pode ser ofertada para crianças de cinco a nove anos e adultos de 50 a 59 anos.

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