X

Brasil

Preço do leite já subiu 24,2% em 2018. E vem mais por aí...

O clima seco, característico desta época, seca as pastagens no Interior Paulista, em Minas Gerais e no Goiás, importantes bacias leiteiras. Com isso, o alimento disponível para as vacas diminui.

Nilson Regalado

Publicado em 10/06/2018 às 08:45

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Só lá para outubro é que os pastos começam a retomar o vigor, as vacas voltam a engordar e produzir a plena carga. / Fotos Públicas/Divulgação

O valor pago ao pecuarista pelo litro do leite disparou em 2018. As altas sucessivas nos últimos quatro meses elevaram o preço do leite em 24,2% neste ano. Mas, a queda no poder aquisitivo da classe trabalhadora reduziu o consumo e os laticínios têm enfrentado dificuldade para repassar os aumentos para o consumidor. A elevação dos preços na porteira da fazenda reflete o período de entressafra no setor lácteo, com redução de 11,6% no Índice de Captação de Leite em 2018, na comparação com 2017. 

Com exceção do Paraná, todos os estados tiveram queda na captação em maio. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP). Em maio, a ‘média Brasil’, que inclui valores pagos a produtores da Bahia, Goiás, Minas, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e SP foi de R$ 1,25 por litro. Isso representou alta de 8,4% frente a abril.

E a tendência é que o preço suba nos próximos meses devido ao avanço do outono e chegada do inverno. O clima seco, característico desta época, seca as pastagens no Interior Paulista, em Minas Gerais e no Goiás, importantes bacias leiteiras. Com isso, o alimento disponível para as vacas diminui. 

Sem pasto, o pecuarista apelar para suplementos alimentares a fim de evitar que os animais percam peso. Esse cardápio inclui cana e milho triturados, além de feno, polpa cítrica e derivados de soja. Mas, apesar do esforço, as vacas sentem a mudança de hábitos alimentares e reduzem a produção. 

E, com menos leite disponível no campo, as indústrias acabam tendo de remunerar melhor os produtores. Então, o repasse para o longa vida (UHT) e para os queijos torna-se quase que inevitável até a volta do período chuvoso, no meio da primavera. Só lá para outubro é que os pastos começam a retomar o vigor, as vacas voltam a engordar e produzir a plena carga.

Apesar dessa tendência inexorável durante a entressafra causada pelo clima, segundo pesquisas diárias feitas pelo Cepea com apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras, houve ligeira baixa de 0,05% nos preços do leite UHT de abril para maio. 

Agroecologia,...
Duas mil pessoas, vindas de norte a sul do País, se reuniram em BH durante o feriado de Corpus Christi para o IV Encontro Nacional de Agroecologia. Agricultores familiares, assentados da reforma agrária, extrativistas e quilombolas debateram um outro modelo de desenvolvimento para o Brasil.

...justiça social e... 
Diferente do agronegócio; marcado pela monocultura e pelos agrotóxicos; a agroecologia conjuga sustentabilidade ambiental com justiça social. 

...sustentabilidade ambiental
Pelo oitavo ano consecutivo, o Brasil será o maior consumidor de ‘pesticidas’ no mundo. Estima-se que cada brasileiro ingere oito litros de agrotóxicos por ano. A agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros.

David Bowie, o rock...
A Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP em Ribeirão Preto apresentou, no último dia 30, o Brasilestes stardusti. O animal é o mais antigo mamífero já encontrado no Brasil e sua identificação foi possível graças à descoberta de um dente pré-molar de 3,5 milímetros.

... a “poeira estelar”...
O Brasilestes stardusti era menor que um gambá, mas conviveu com os dinossauros. O nome da nova espécie homenageia o roqueiro David Bowie, morto em janeiro de 2016, um mês após a descoberta do fóssil. Brasilestes stardusti faz alusão a Ziggy Stardust, ou Ziggy “poeira estelar”, personagem vindo do espaço que Bowie criou para uma canção de 1973.
 
...o mamífero paulista...
O Brasilestes stardusti viveu entre 87 milhões e 70 milhões de anos atrás, no fim da era Mesozoica, na região de Franca e Ribeirão Preto. 

...e os dinossauros
A descoberta foi publicada no final de maio no Royal Society Open Science e a pesquisa contou com o apoio da Unicamp, da Universidade Federal de Goiás, do Museu de La Plata e do Massachusetts Institute of Technology.

Filosofia do campo:

“Não chores porque já terminou, sorria porque aconteceu”, 
Gabriel García Márquez (1927/2014), escritor, jornalista, ativista e político colombiano.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Santos

Atenção motoristas! Santos terá novo semáforo no Gonzaga à partir desta sexta (26)

De acordo com a CET-Santos, a medida visa colocar mais segurança para as pessoas que circulam pelo local

Praia Grande

1.000 embalagens de plástico foram trocadas por itens sustentáveis, em PG

Ação aconteceu durante a '1ª Feira Verde de Praia Grande', no último domingo (21)

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter