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Vistoria retira painéis da área externa do Teatro Coliseu

Rafaella Martinez

Publicado em 09/11/2016 às 08:10

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A vistoria realizada pela Prefeitura de Santos no Teatro Coliseu removeu nove blocos de cimento que ofereciam risco de queda na fachada do imóvel. As estruturas são iguais a que desabou na última sexta-feira (4) de manhã e causou a interdição das calçadas da Rua Brás Cubas e Amador Bueno. A previsão é que as vias sejam liberadas
para o tráfego de pedestres na sexta-feira (11).

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O Diário do Litoral acompanhou a inspeção técnica no imóvel. Técnicos da Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Seserp) foram içados em dois cestos e testaram a segurança dos painéis com um martelo de borracha. Os que apresentavam riscos de queda foram retirados.

“Essa inspeção tem como objetivo eliminar as condições de risco na fachada. Os blocos estão sendo retirados para evitar o descolamento, o que colocaria em risco o fluxo de pedestres na região. Após essa inspeção será elaborado laudo para definir as medidas de restauração do prédio”, apontou Anísio Xavier Teixeira Júnior, coordenador técnico da subprefeitura da região central e histórica de Santos.

De acordo com o engenheiro, existe a possibilidade de um trabalho mais detalhado ser realizado, com a contratação de uma empresa especializada. “As placas que foram retiradas notoriamente ofereciam risco e por isso esse trabalho foi feito pela Prefeitura. Um trabalho específico posteriormente poderá determinar a estabilidade do revestimento e se ele precisa de cuidados especiais”, aponta.

Durante a execução dos serviços, partes da estrutura foram descoladas pelos técnicos. Em pelo menos duas ocasiões a queda no solo fez com que pedaços de cimento atingissem os veículos que trafegavam pela rua. De acordo com o engenheiro, a vistoria precisou de uma série de ações para poder acontecer. “Não é tão simples, pois precisamos parar a alimentação de tensão contínua que tem nos fios que alimentam os bondes. São manobras técnicas efetuadas por questões de segurança”, afirmou.

Situação do beiral com rachaduras severas ainda não tem data para ser solucionada

Uma das áreas mais críticas da estrutura do Coliseu não foi objeto de ação da vistoria. O beiral localizado na fachada frontal do teatro e que está amarrado com o auxílio de uma corda desde a última sexta-feira seguirá na mesma situação. “A ação tomada, de executar a amarração da extremidade do beiral bloqueou o risco aos pedestres. A estrutura apresenta rachaduras significativas e a calçada da Rua Amador Bueno seguirá isolada até a definitiva regularização do problema. A decisão sobre a necessidade de derrubar ou não a estrutura será tomada posteriormente”, destaca.

O engenheiro descartou a possibilidade de interdição do Coliseu. “Por enquanto os trabalhos se concentram na fachada. A parte interna do Coliseu não apresenta problemas que comprometam a utilização do prédio. O interior é objeto de outra análise e apresenta apenas problemas pontuais de goteiras. O prédio é tombado e projetos de recuperação passam por aprovações específicas”, finaliza.

Tombado a nível estadual pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT) e a nível municipal pelo Condepasa, o Teatro Coliseu ficou fechado por 10 anos para reforma, de 1996 a 2006. Em 2013 o equipamento passou novamente por manutenção. No entanto, após o término dos serviços, o teatro voltou a apresentar problemas de infiltração.

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