A secretária de Saúde de São Vicente, Mônica Batalha Prado, afirmou em entrevista coletiva ontem (1º) que o pagamento das horas extras dos médicos e demais funcionários do Hospital Municipal, antigo Crei, será efetuado hoje (2), após dois meses de atraso. Em relação às gratificações de produtividade referentes ao mês de julho, os profissionais receberão o montante até o dia 12 de setembro.
A paralisação dos médicos teve início no dia 27 de julho. De acordo com a secretária, a Prefeitura tem se mobilizado para solucionar o problema desde então. “Na quarta-feira (31), participei de uma reunião com o prefeito e o secretário da Fazenda e de Assuntos Jurídicos para avaliar a efetuação do pagamento.” Na ocasião, representantes dos profissionais prejudicados disseram que a rotina de trabalho retorna à normalidade quando os pagamentos forem regularizados.
Em relação à falta de material hospitalar na unidade, a secretária da pasta disse que o problema ainda é uma questão sem solução imediata. O contrato com a empresa que oferecia os produtos anteriormente terminou em maio. A Prefeitura abriu licitações para contratação de uma nova fornecedora, porém nenhuma empresa se interessou em prestar o serviço. Desde então, uma comissão avalia e aprova a compra de materiais somente para casos de urgência.
“Nós seguimos um tramite legal em andamento. A publicação do novo edital deve sair até o fim da semana. Após o prazo de 30 dias, devemos regularizar essa situação”, afirma Mônica, ressaltando que os pacientes em estado emergencial são avaliados e encaminhados a outros hospitais da região, como a Santa Casa de Santos e o Hospital Santo Amaro, em Guarujá.
Organização social
A secretária ressaltou que o município possui contrato com uma Organização Social de Saúde (OSS): a Associação Brasileira de Beneficência Comunitária (ABBC), que prevê atuação no setor de faturamento e na capacitação de servidores municipais da unidade. “Ela é sempre avaliada pelos técnicos do município. Se ocorrer algum tipo de problema, o contrato é passível de punição”, afirma.
A OSS é responsável pelos serviços de faturamento, classificação de riscos, pagamento administrativo e na contratação de plantonistas, que trabalham aos fins de semana, quando a demanda de atendimento é maior. “Existem municípios na nossa região que possuem de três a quatro OSS prestando serviços na gestão de saúde. O contrato da OSS diz que, mensalmente, nós podemos exercer um gasto de até R$ 1 milhão, mas costumamos chegar a R$ 850 mil”, explicou.
A secretária garantiu que o Hospital Municipal não corre o risco de ser fechado, apesar da série de problemas relatados no atendimento médico da unidade. “Nossa gestão está comprometida em manter o hospital funcionando”.
O Hospital Municipal é alvo constante de críticas da população. Devido à falta de pagamentos de salários, a unidade enfrentou sucessivas paralisações nos últimos anos. Há casos de pacientes que aguardam cirurgias ortopédicas sem prazo para realização.
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