Política

PPS e DEM formam aliança e buscam mostrar nova política

Bruno Gutierrez

Publicado em 25/07/2016 às 22:52

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O cenário político para as eleições municipais começa a ganhar forma em Santos. Após chegaram a lançar pré-candidaturas próprias ao Executivo, PPS e DEM uniram forças para uma pré-candidatura visando  o pleito de outubro.

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A chapa é encabeçada  pelo vereador Marcelo Del Bosco (PPS) e tem como vice o consultor empresarial Moysés Fernandes (DEM). Os dois partidos compunham uma frente de propostas para a cidade.

“O DEM e o PPS vem conversando há muito tempo. Depois de várias conversas, e não pensando sobre o que cada um teria, quem seria maior, mas visando o bem cidade, uma política nova, tivemos a grata surpresa de juntar nossas forças para se ter uma candidatura única”, disse Del Bosco.

Os dois representantes da pré-candidatura destacaram que as conversas sempre tiveram como foco debater projetos para o futuro de Santos.

“Em nenhum momento a gente discutiu nada que não fosse benéfico para a cidade de Santos. Eu vim, dentro desse projeto, por entender que precisamos trabalhar melhor a gestão da cidade”, comentou Fernandes.

“A conversa se deu em cima das ideias, do que pode se acrescentar para a cidade. Com isso, chegamos à conclusão que era melhor os projetos estarem juntos do que separados. A cidade pode ganhar muito mais com essa decisão”, completou o vereador.

Os dois também teceram críticas a atual gestão do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).

“É uma cidade que está precisando de empenho, de capricho, de dedicação. Uma gestão de qualidade e uma mudança no sentido de mostrar para a população que é possível mostrar fazendo uma política séria, sem barganha, sem pensar em eleição, mas em uma geração. Não aparelhar a máquina administrativa”, opinou Marcelo Del Bosco, que ainda ressaltou que faltou ao atual chefe do Executivo dialogar mais com pessoas experientes e com a população.

Para Moysés Fernandes, a pré-candidatura conjunta do PPS e do DEM surge para ser uma opção para o eleitor ao projeto que se apresenta hoje. “Nos unimos para trabalhar essa forma de fazer gestão. Acredito que a maioria da população observa o atual prefeito e não quer caminhar com ele. Mas não via uma outra opção. Hoje, a gente, o Marcelo, o Democratas, um arco de aliança para mostrar que Santos tem uma opção”.

O consultor empresarial disse ter a impressão que o governo atual se preocupou mais com a propaganda eleitoral do que com a gestão de Santos. “A impressão que dá é que o governo se preparou para fazer campanha. Quando ele foi eleito, ele continuou preparado para fazer campanha e não uma gestão séria”.

Del Bosco deu a entender que, apesar das críticas, não fechará portas a ajuda de quem possa a vir contribuir ao projeto do grupo, independente de partido. Para ele, o principal é pensar em um projeto para uma geração e não para eleição.

“O DEM e o PPS não estão preocupados com eleição. Tem quadros bons que podem estar em outros partidos que não estão conosco, mas que são importantes e podem ser aproveitados. Mais importante é a valorização da cidade”.

‘Começamos a pensar a região metropolitana ou não vamos avançar’

A pré-candidatura de Marcelo Del Bosco e Moysés Fernandes também dá destaque para a região metropolitana da Baixada Santista. Para o consultor empresarial, é essencial que se pense projetos de forma metropolitana.

“Isso é fundamental. Começamos a pensar a região metropolitana ou não vamos avançar. Vamos ter um VLT que não serve, quando se pensa para a região metropolitana, para absolutamente nada. É um projeto eleitoreiro. Quando você pensa com relação à mobilidade, em outros modais, com quais modais ele está interligado? Onde você vê? Ela inexiste. Na prática, ele não serve”, analisou o ­democrata.

Ele também destacou a necessidade de se investir em parcerias público-privadas para tocar projetos como, por exemplo, na área da segurança.

De acordo com Fernandes, o Hospital dos Estivadores é um dos exemplos em que não foi pensada a questão ­metropolitana.

“Não tem o menor sentido inaugurar o Hospital dos Estivadores, ainda que ele seja importante para a região. Não era aqui que tinha que ter sido feito esse investimento. Você tem outras situações em que poderia ter sido feito de maneira metropolitana, como em Cubatão ou São Vicente. Mas se buscou, novamente, a propaganda, a eleição. Precisa ter menos vaidade”, disse o consultor, que recordou de outros projetos, como a ligação seca entre Santos e Guarujá.

Marcelo Del Bosco ressaltou que Santos é um polo para a Baixada Santista. O parlamentar recordou o protagonismo da cidade à criação de diversas câmaras temáticas do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), assim como o Pacto Metropolitano pela Infância. No entanto, ele destacou a necessidade dos municípios trabalharem de forma integrada.

“Peruíbe pode contribuir muito para Santos e vice-versa. Estamos numa região metropolitana. Não adianta fugir disso. O governador Mário Covas, quando ele bateu o pé e firmou a região metropolitana, ele acreditava e sabia o porquê de ter a região. O próprio prefeito Mourão já fala de projetos que ele tem, caso seja reeleito, e dois são metropolitanos. Não só de Praia Grande”, disse.
Por fim, o vereador alertou que é preciso que se pense a região sem pensar em partidos.

“Não vemos porque é de uma prefeitura do Partido dos Trabalhadores, uma aceitação em muitos projetos da Prefeitura de Cubatão. Isso não pode acontecer. Hoje está no comando da Prefeitura de Cubatão o PT. Amanhã pode estar outro partido. Como aqui a mesma coisa, como no Guarujá ou em São Vicente. Temos que pensar. Se está ruim para São Vicente, no futuro, pode estar ruim para Santos”.

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