A proposta da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo de manter a histórica Cadeia Velha como centro cultural não tem mais prazo determinado para sair do papel. Anunciada em janeiro, após audiências públicas realizadas com a classe artística, o equipamento – que deveria ser reaberto entre maio e junho deste ano – está desde abril sobre responsabilidade da Organização Social Poiesis.
De acordo com a assessoria da Secretaria, “a pasta está viabilizando recursos para dar início às atividades o mais rápido possível”. Procurada, a O.S. Poiesis não respondeu aos questionamentos da Reportagem.
A previsão era de que em junho o espaço voltasse a abrigar a Oficina Cultural Pagu, com gestão realizada em parceria com a organização social Poiesis, que passaria a contar com um conselho consultivo para ampliar a participação popular na gestão.
No espaço estão previstas atividades culturais como teatro, artes cênicas, dança, cinema, artes visuais, circo, literatura, música, cultura caiçara, economia criativa, cultura digital, além de programação continuada de residências, exposições e apresentações artísticas.
Um das salas também abrigará um centro de memória destinado à valorização do próprio edifício e sua importância para a história de Santos. A passagem de Patrícia Galvão, primeira mulher presa no Brasil por questões políticas em 1931, também será contada no espaço.
Impasses sobre a Cadeia Velha se arrastam desde 2012
A proposta de restauração da Cadeia Velha teve início após vistoria realizada pela Secretaria de Estado da Cultura, em abril de 2012, onde foi constatado sérios danos estruturais.
Em meados de 2013, a Prefeitura apresentou a ideia de uso compartilhado ou de municipalização do imóvel. A proposta, porém, não seguiu adiante após reivindicação da classe artística, que temia que o processo colocasse fim às atividades das oficinas culturais que eram realizadas no espaço.
Em dezembro de 2014 começam os rumores de que após o término das obras a Cadeia Velha se transformaria em um Museu. Uma audiência pública foi realizada em maio de 2015 com o objetivo de ouvir a proposta de artistas e população para definir o futuro do imóvel.
Em julho de 2015 uma decisão conjunta da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo e Secretaria de
Cultura de Santos (Secult) determinou que, após o término das obras, a Cadeia funcionaria como espaço de apoio à produção artística local.
A proposta foi reforçada em janeiro de 2016 pela Secretaria da Cultura do Estado, que afirmou que o equipamento abrigaria novamente as atividades da Oficina Cultural Pagu a partir de junho.
Cotidiano
Rua Tolentino Filgueiras, no Gonzaga. Alagamento chegou a invadir comércios da região.
Cotidiano
O temporal que caiu ontem a tarde sobre a Baixada Santista foi um dos mais fortes registrados nos últimos 5 anos, em volume de chuva. Segundo dados do CPTEC (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), em menos de 3 horas choveu na região...