'Vale Tudo': Marca de chocolate apostou milhões para descobrir quem matou Odete Roitman

A pergunta clássica "Quem matou Odete Roitman?" não apenas mobilizou o público da novela "Vale Tudo", mas também inspirou uma das campanhas promocionais mais inusitadas da televisão brasileira nos anos 1980. Acontece que a marca de chocolates Nestlé entrou na onda do mistério e lançou um concurso nacional que desafiava o público a descobrir o autor do crime.

A ação divertida foi realizada durante a exibição original da trama, no qual recebeu mais de 2,5 milhões de cartas com palpites dos telespectadores. A promessa era tentadora e quem acertasse o assassino da personagem de Beatriz Segall dividiria 5 milhões de cruzados, um valor estimado de R$ 85 mil.

Na época, os principais suspeitos César Ribeiro (Carlos Alberto Riccelli), Marco Aurélio (Reginaldo Faria) e Eugênio (Sérgio Mamberti), que lideraram as apostas do público. No entanto, apenas 5% das cartas acertaram o verdadeiro nome por trás do disparo, que era Leila (Cássia Kis).

Marcou a história

A morte de Odete Roitman foi um fenômeno que ultrapassou a televisão e tomou conta do país. Para se ter ideia, o jornal O Globo dedicou parte de sua capa de 17 de dezembro de 1988 ao “velório simbólico" da vilã, tratando a ficção como um fato real. O assunto chegou a ser tópico nos encontros familiares durante o Natal e Ano Novo.

Mais de três décadas depois, a nova versão de "Vale Tudo" volta a reproduzir o mistério seguindo a estratégia de revelar o verdadeiro assassino no último capítulo. A dúvida permanece no ar por mais alguns dias, sendo um prato cheio para a imaginação (e as apostas) do público brasileiro.

Confira possíveis assassinos de Odete Roitman (Débora Bloch) na galeria abaixo.