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Uma das viagens de trem mais bonitas do mundo é referência internacional em engenharia ferroviária

Inaugurada em 1910, a ferrovia foi construída para garantir a mobilidade de comunidades, além de viabilizar o comércio regional

Fábio Rocha

Publicado em 15/12/2025 às 12:16

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O Bernina Express mantém sua função como infraestrutura histórica, logística e cultural / Reprodução Youtube/Elizabeth Werneck

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Considerado uma das mais importantes ferrovias alpinas do mundo, o Bernina Express é uma rota histórica que liga St. Moritz, na Suíça, à cidade italiana de Tirano, atravessando o maciço dos Alpes sem o uso de cremalheiras.

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Reconhecida como Patrimônio Mundial da Unesco, a linha é referência internacional em engenharia ferroviária e adaptação ao relevo montanhoso.

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Inaugurada em 1910, a ferrovia foi construída para garantir a mobilidade de comunidades alpinas isoladas, além de viabilizar o comércio regional, especialmente durante os rigorosos invernos.

Mais de um século depois, o traçado segue operando com o mesmo princípio técnico, baseado exclusivamente na aderência entre roda e trilho, mesmo em trechos de alta inclinação.

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O percurso tem início no Vale do Engadin, região onde se localizam cidades como St. Moritz e Pontresina. St. Moritz consolidou-se desde o século XIX como um dos principais destinos de inverno da Europa, enquanto Pontresina preserva características históricas e serve como base logística estratégica para acesso à ferrovia.

Ao longo de cerca de 50 quilômetros, o Bernina Express atravessa múltiplas zonas climáticas em um curto intervalo de tempo.

O Bernina Express é uma das ferrovias alpinas mais importantes do mundo e integra o Patrimônio Mundial da Unesco / Reprodução Youtube/Elizabeth Werneck
O Bernina Express é uma das ferrovias alpinas mais importantes do mundo e integra o Patrimônio Mundial da Unesco / Reprodução Youtube/Elizabeth Werneck
A linha liga St. Moritz (Suíça) a Tirano (Itália), atravessando os Alpes sem o uso de cremalheiras
A linha liga St. Moritz (Suíça) a Tirano (Itália), atravessando os Alpes sem o uso de cremalheiras
A ferrovia foi inaugurada em 1910 e mantém o mesmo princípio técnico de operação até hoje
A ferrovia foi inaugurada em 1910 e mantém o mesmo princípio técnico de operação até hoje
O sistema utiliza apenas a aderência entre roda e trilho, mesmo em trechos de grande inclinação
O sistema utiliza apenas a aderência entre roda e trilho, mesmo em trechos de grande inclinação
O percurso atravessa o Vale do Engadin, com destaque para St. Moritz e Pontresina
O percurso atravessa o Vale do Engadin, com destaque para St. Moritz e Pontresina
Em cerca de 50 km, o trajeto cruza múltiplas zonas climáticas
Em cerca de 50 km, o trajeto cruza múltiplas zonas climáticas
O trem atinge altitudes superiores a 2.000 metros, passando por ambientes alpinos de alta montanha
O trem atinge altitudes superiores a 2.000 metros, passando por ambientes alpinos de alta montanha

O trem atinge altitudes superiores a 2 mil metros, passando por ambientes de alta montanha com lagos formados por degelo, áreas de vegetação escassa e regiões marcadas pela ação de antigos glaciares.

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À medida que o trajeto avança, a paisagem se transforma gradualmente. Surgem pastagens, vilas alpinas e áreas agrícolas, evidenciando a transição do ambiente alpino para o mediterrâneo.

Os vales em formato de “U”, visíveis ao longo do percurso, são registros geológicos da passagem de grandes massas de gelo ao longo de milênios.

Veja esse vídeo sobre a viagem do trem:

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Um dos pontos mais emblemáticos da linha é o viaduto circular de Brusio, uma solução de engenharia criada para permitir a perda de altitude de forma segura e contínua, sem comprometer a tração do trem.

A estrutura tornou-se um dos símbolos da ferrovia e é amplamente estudada em cursos de engenharia ao redor do mundo.

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Nos quilômetros finais, já em território italiano, o trem chega a Tirano, cidade marcada por arquitetura lombarda, clima mais ameno e forte presença agrícola.

A chegada ao destino evidencia a função original da ferrovia como elo entre regiões culturalmente distintas da Europa Central e do Sul, sem necessidade de troca de trem ou interrupção do trajeto.

Mais do que um corredor turístico, o Bernina Express permanece como um exemplo de infraestrutura duradoura, capaz de unir engenharia, geografia e história em uma das travessias ferroviárias mais relevantes do continente europeu.

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Principais pontos:

  • O Bernina Express é uma das ferrovias alpinas mais importantes do mundo e integra o Patrimônio Mundial da Unesco.
  • A linha liga St. Moritz (Suíça) a Tirano (Itália), atravessando os Alpes sem o uso de cremalheiras.
  • A ferrovia foi inaugurada em 1910 e mantém o mesmo princípio técnico de operação até hoje.
  • O sistema utiliza apenas a aderência entre roda e trilho, mesmo em trechos de grande inclinação.
  • O percurso atravessa o Vale do Engadin, com destaque para St. Moritz e Pontresina.
  • Em cerca de 50 km, o trajeto cruza múltiplas zonas climáticas.
  • O trem atinge altitudes superiores a 2.000 metros, passando por ambientes alpinos de alta montanha.
  • A paisagem inclui lagos de degelo, glaciares e vales em formato de “U”, formados pela ação do gelo.
  • Ao longo do percurso ocorre a transição do ambiente alpino para o mediterrâneo.
  • O viaduto circular de Brusio é um dos principais marcos de engenharia da rota.
  • A ferrovia é estudada internacionalmente como referência em engenharia ferroviária.
  • A chegada a Tirano marca a conexão entre regiões culturalmente distintas da Europa.
  • O Bernina Express mantém sua função como infraestrutura histórica, logística e cultural, além do turismo.

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