Saúde

Vereador quer Centro de Hemodiálise em Itanhaém

Parlamentar apresentou requerimento na Câmara pedindo a implantação no Hospital Regional Jorge Rossmann

Nayara Martins

Publicado em 19/10/2020 às 07:05

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Dr. Carlos diz que hospital municipal poderia abrigar o equipamento / NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL

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O vereador Carlos Antônio Ribeiro (PSDB), o Dr. Carlos, apresentou requerimento, na sessão do dia 28 de setembro, na Câmara de Itanhaém, solicitando ao Executivo e ao Departamento Regional de Saúde da Baixada Santista (DRS-4) informações sobre a possibilidade de implantação de um centro de hemodiálise no Hospital Regional Jorge Rossmann de Itanhaém. Cópia do ofício foi enviada ao DRS-4 e à direção do Hospital.

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Segundo o vereador, o requerimento atende aos vários pedidos da população que necessita regularmente fazer o procedimento de hemodiálise. Hoje cerca de 63 pessoas têm que se deslocar para outras cidades da região, como Santos, Praia Grande, São Vicente e Cubatão, para o tratamento.

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"Apesar de haver o Hospital Regional em Itanhaém, o equipamento não atende a uma série de necessidades dos moradores, e isso já é um contrassenso", lamenta.

Questiona o motivo pelo qual o prédio anexo, onde o Hospital funcionava antes, não pode ter instalado o centro de hemodiálise, pois o local reúne condições adequadas.

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Pergunta ainda o que é necessário, em termos legais, para que o centro de hemodiálise possa funcionar no município e se já existe algum estudo técnico por parte do DRS-4 sobre a viabilidade para a instalação no Hospital Regional.

Dr. Carlos solicita, em outro requerimento, informações à Secretaria de Saúde do Estado se há a possibilidade de implantar o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) em Itanhaém.

TRATAMENTO

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Um dos moradores do município que faz o tratamento de hemodiálise é o assistente administrativo Gilson Leonor dos Santos, de 40 anos. Ele faz o tratamento desde fevereiro de 2019, após ser internado no Hospital Regional, em dezembro de 2018.

"Faço hemodiálise quatro vezes por semana, às terças, quartas, quinta e sábados, na Clínica Davita, no hospital Beneficência Portuguesa, em Santos". Na sua opinião se houvesse o tratamento no município não seria tão agressivo e cansativo como ter que ir pra Santos.

"Saio de casa às 4h para chegar na clínica às 6h e são quatro horas de tratamento. Vou sair às 10h30 e tenho que ficar esperando o transporte até às 11h30, já que tem pacientes de outros hospitais e chego em casa às 13 horas", explica.

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Lembra ainda que os pacientes passam muito tempo no transporte da van, sem ar condicionado e nem janelas, o que piora mais a situação. "Muita gente passa mal, eu mesmo já cheguei em casa ruim devido ao calor".

Caso o Hospital Regional contasse com o serviço, segundo ele, haveria melhores condições de locomoção aos pacientes e o município economizaria no transporte.

OUTRO LADO

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A Secretaria de Saúde do Estado informa que a região metropolitana da Baixada Santista conta com quatro serviços habilitados pelo Ministério da Saúde para a realização de Terapia Renal Substitutiva (TRS) que atendem integralmente a demanda regional.

São eles: a Santa Casa de Santos; o Hospital Santo Amaro, no Guarujá; a Clínica Davita, em Santos; Nefrocare, em São Vicente e a NefroPG, em Praia Grande. Há também um serviço contratualizado entre a Secretaria Estadual de Saúde e o município de Cubatão.

Quanto aos AMEs (Ambulatório Médico de Especialidades) diz que já há três unidades na Baixada Santista, como referência para pacientes dos noves municípios, em Praia Grande, Santos e São Vicente. E que o SUS deve garantir assistência a qualquer cidadão e é de responsabilidade do município viabilizar transporte ao paciente para tratamento fora, quando necessário.

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A prefeitura de Itanhaém informa que os centros de hemodiálise são regionais e atendem uma área de abrangência maior. Mas que a cidade pretende, junto a municípios vizinhos, como Peruíbe e Mongaguá, pleitear um centro de hemodiálise para o Litoral Sul.

Diz ainda que não há falta de vagas, já que as referências de nefro são fora de Itanhaém.

Atualmente 63 pacientes são transportados por meio de vans, contratadas pela Secretaria Municipal de Saúde, a equipamentos públicos que oferecem tratamento especializado na região.

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