Tabagismo continua a representar um grave problema de saúde pública em São Paulo / Divulgação/GovernoSP
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O tabagismo continua a representar um grave problema de saúde pública em São Paulo. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP), mais de 3 milhões de internações e procedimentos médicos foram registrados desde 2023, todos relacionados a doenças causadas pelo consumo de cigarros, vapes e outros dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs).
Apesar da popularidade crescente entre jovens e adultos, os cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes, não são inofensivos. A nicotina presente nesses dispositivos é altamente viciante e pode comprometer o funcionamento do cérebro, além de agravar transtornos como ansiedade, depressão e dependência emocional.
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Mesmo sendo vendidos ilegalmente, os vapes continuam a circular no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou, por meio da RDC 855, publicada em abril de 2024, que a comercialização, importação e propaganda dos DEFs são proibidas no país.
O uso de produtos à base de nicotina está diretamente relacionado a diversas condições graves de saúde, como:
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Além disso, o fumo passivo também coloca em risco a saúde de não fumantes. A Lei Antifumo de São Paulo, em vigor há 16 anos, proíbe o uso de cigarros e similares em locais fechados, públicos ou privados.
Como parte das ações no Dia Mundial Sem Tabaco (31 de maio), a SES-SP lançou o projeto "Municípios Parceiros no Controle do Tabagismo", em colaboração com o Instituto Oncoguia e apoio da Umane. A iniciativa visa capacitar 10 municípios paulistas para promover políticas públicas eficazes contra o fumo.
Segundo Sandra Marques, coordenadora estadual do programa, os municípios participantes poderão expandir as ações para regiões vizinhas, fomentando uma rede colaborativa de prevenção e combate ao tabagismo.
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Para ampliar o acesso ao diagnóstico e tratamento, o governo paulista disponibilizou o quiz “Minha Vida Sem Nicotina” no aplicativo e site do Poupatempo. A ferramenta é gratuita e utiliza o Teste de Fagerström para identificar o grau de dependência da nicotina.
Com base no resultado, o usuário recebe orientação sobre a unidade de tratamento mais próxima, com suporte para abandonar o uso de cigarro, vape, charuto, narguilé, fumo mascado e outras formas de consumo de nicotina.
Desde 2024, São Paulo conta com a Política Estadual de Controle do Tabaco, que articula ações de prevenção, capacitação de profissionais, campanhas educativas e reforço na fiscalização.
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O tratamento para parar de fumar está disponível gratuitamente pelo SUS em todo o estado. Para ter acesso, basta procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima, apresentar documento de identidade e solicitar inscrição no Programa de Cessação do Tabagismo. Consulte os locais de atendimento credenciados.
“Lidar com o tabagismo é um desafio que vai além da dependência química. É uma questão que envolve aspectos psicológicos, sociais e comportamentais”, ressalta Sandra Marques, da SES-SP.