Colírio / Divulgação
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Um estudo realizado pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), em 2022, constatou que cerca de 89% da população do Brasil se automedica. O principal vilão? São os analgésicos! Mas também há outro “queridinho” dos brasileiros: os colírios, que apesar de parecerem inofensivos, podem ser perigosos.
Para o oftalmologista e cirurgião ocular, Dr. Fabrício Perino, é mais prudente fazer o uso de colírios com indicação médica, afinal, é um remédio como todos os outros. A forma mais correta é utilizar com recomendação. Porém, hoje em dia, nem sempre é isso que acontece. É um risco, pois são muitos e direcionados para inúmeros problemas diferentes”, alerta o médico.
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Nas farmácias, existem diversas tipagens de colírios, mas as principais são os anti-inflamatórios, anestésicos, descongestionantes, hiperósmoticos, lubrificantes e antibióticos. Segundo Perino, os que mais vendem com receituário médico são os antibióticos, pois há regulação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como tentativa de minimizar o surgimento de bactérias super-resistentes e para incentivar a ida ao especialista.
Poucos sabem, mas desta lista, os antibióticos são um dos mais prejudiciais à saúde. O uso excessivo, seja na dosagem ou na frequência, pode causar irritaçãoe e gerar resistência bacteriana, caso o paciente precise pode não fazer mais o efeito desejado. Já os lubrificantes são os que menos causam mal, pois servem para lavar e fazer a limpeza dos olhos. Apenas em casos de alergias é indicado não utilizar.
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Mas todo cuidado é pouco! A falta de cautela na hora da aplicação do produto pode comprometer o tratamento com colírios, por ser uma região muito sensível e vulnerável do corpo humano. Por isso, é necessário estar com as mãos higienizadas antes de aplicar o produto.
“Cada passo é fundamental. A localização ideal para a aplicação de colírios é no canto nasal, na região da carúncula lacrimal, aquela parte “vermelhinha do olho”. Deve olhar para cima no momento e não fechar imediatamente a pálpebra, assim o remédio escorre pelo olho todo, sem risco de perder a gota ou não saber onde está”, explica o oftalmologista e cirurgião ocular.
Na correria do dia a dia, muitas pessoas fazem substituições como uma alternativa mais rápida. Nesse caso, o soro fisiológico pode ser um aliado para diminuir alergias, amenizar sintomas da conjuntivite ou ajudar em casos de emergência. Mas a recomendação é que seja usado o soro em flaconetes, não em frascos maiores, por conta do risco de contaminação.
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Na mesma linha de encontrar um substituto, fórmulas caseiras também são aplicadas com frequência e é difícil dizer os resultados do seu uso. Por não ser uma substância estéril, pode desencadear quadros de irritação ou piorar alguma lesão ocular.