Para se ter uma ideia da gravidade, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um índice mínimo de 60% de umidade relativa do ar. / Divulgação/Prefeitura de São Paulo
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Nos últimos dias, moradores do Estado de São Paulo enfrentaram um cenário climático extremo. Com boa parte do estado sob alerta severo de baixa umidade, algumas cidades registraram níveis de umidade relativa do ar inferiores aos encontrados em regiões desérticas como o Saara, na África, e o Atacama, no Chile.
Na última quinta-feira (11), a situação atingiu níveis críticos. Segundo a Defesa Civil, a umidade chegou a apenas 4% no município de Descalvado, e a 4,3% em Bragança Paulista, números mais comuns em desertos do que em áreas urbanas habitadas.
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Para se ter uma ideia da gravidade, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um índice mínimo de 60% de umidade relativa do ar. Quando os níveis caem abaixo de 30%, já é necessário redobrar os cuidados. Abaixo de 12%, a situação é classificada como estado de emergência, o que representa alto risco para a saúde da população e para o meio ambiente.
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Com umidade tão baixa, o corpo humano sofre. Mucosas, olhos, nariz e garganta tendem a ressecar, aumentando o risco de infecções respiratórias, crises de asma, desidratação e até fadiga. No meio ambiente, o clima seco favorece incêndios florestais, que se espalham com mais facilidade e dificultam o trabalho das equipes de contenção.
Além da seca, o calor intenso agravou ainda mais o quadro. Em cidades como Paulo de Faria, as temperaturas ultrapassaram os 40°C. Outras localidades, como Santa Salete, Tupi Paulista e Araçatuba, também se aproximaram dessa marca.
Diante das condições extremas, a Defesa Civil emitiu um alerta severo para moradores de 511 municípios em 11 regiões do estado, o maior número já registrado entre os quatro alertas emitidos até agora neste ano.
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Entre as regiões afetadas estão Sorocaba, Campinas, Ribeirão Preto, Bauru, São José do Rio Preto, Araçatuba, Presidente Prudente, Marília, Araraquara, Barretos e Franca.
Para enfrentar esse período crítico, a Defesa Civil recomenda medidas simples, mas essenciais:
Em caso de emergência, a população pode acionar a Defesa Civil pelo número 199 ou o Corpo de Bombeiros pelo 193.
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