15 de Setembro de 2024 • 07:11
Agora foi a vez de Cubatão sediar a reunião técnica mensal da Agência de Saúde da Baixada Santista. O encontro foi realizado no gabinete da prefeita Márcia Rosa, na manhã de ontem.
Além da prefeita anfitriã, participaram da reunião o prefeito de Bertioga Mauro Orlandini, os secretários de Saúde dos nove municípios da Região e o coordenador da Agência de Saúde, o médico infectologista Davi Uip, que também é assessor especial da Secretaria de Estado da Saúde. Na pauta da reunião, novas reivindicações e a discussão de uma nova política de recursos humanos na Região Metropolitana.
Os secretários de Saúde Jocele Batista Pereira (Cubatão) Cássio Luiz Rosinha (Guarujá) aproveitaram a ocasião para fazer novas reivindicações, enquanto que o prefeito de Bertioga entregou o projeto de ampliação do Hospital Municipal para atendimento de alta complexidade.
Davi Uip ouviu e ponderou sobre todas as reivindicações posicionando as prefeituras de que o Estado vai colaborar com a infraestrutura necessária à regionalização do atendimento SUS na Baixada, mas chamou a atenção dos gestores da saúde para a discussão de uma política de recursos humanos englobando desde a valorização salarial de médicos e profissionais da saúde em geral, qualificação profissional e elaboração de um plano de cargos e carreiras.
“O Estado atendeu todas as reivindicações que já foram feitas. Já foram liberados R$ 112 milhões. Os primeiros R$ 90 milhões combinados e agora com a ampliação da necessidade de investimentos em Peruíbe, nos vamos reformar e construir um hospital municipal aumentando de R$ 5 milhões para R$ 7 milhões, o que é acima dos R$ 90 milhões”, explicou Davi Uip, acrescentando ainda que os R$ 112 milhões já previstos subira para R$ 117 milhões.
Cubatão
A secretária de Saúde de Cubatão Jocelene Pereira apresentou uma série de reivindicações para Uip. “Para o Município, nós pedimos a construção de um prédio novo para o Ambulatório de Especialidades. Nós já temos prédio, mas está com graves problemas estruturais. Nós não temos dinheiro nesse momento.
Nós tínhamos pedido um AME (Ambulatório Médico de Especialidades), mas o Estado não está mais financiando o AME. Paralelo a isso, a gente pediu investimentos no SAMU industrial e apoio para mobiliário de Unidade Básica de Saúde”.
Jocelene também fez reivindicações para a Região como um todo. “Pedimos o retorno da regulação de urgência e emergência para a Baixada, que hoje está centralizada em São Paulo, para que a gente possa fazer o plano operativo do Hospital Guilherme Álvaro que é regional, mas a gente não participa das definições técnicas dele e precisaríamos rever isso”, afirmou a secretária de Cubatão.
Jocelene também focou na questão dos recursos humanos. “Pautamos ainda a discussão de recursos humanos na urgência e emergência porque a Baixada é uma rede. Todo mundo tem o mesmo problema que é o aumento da população durante o verão e feriados e todas as cidades tem que se qualificar, ter como atender urgência e emergência, nós precisamos criar referências nas cidades polo para atender alta complexidade, UTI e ortepedia.
O primeiro suporte de vida todo mundo tem que ter condição de dar e isso não existe. A situação da Baixada é crítica, os indicadores de saúde são ruins e é uma temeridade continuar nesse panorama. O Estado não fez (anteriormente) os investimentos necessários, por isso o governador indicou, paralelo ao trabalho da Diretoria Regional de Saúde, que o Dr. Davi Uip focasse um trabalho de agência para fomentar essa discussão”, concluiu.
Bertioga
Bertioga receberá um aporte de R$ 5 milhões do Governo do Estado para ampliação de leitos no Hospital Municipal e atendimento de alta complexidade, que é inédito no município, segundo o prefeito Mauro Orlandini. O número de leitos passará de 50 para 80, sendo 20 de UTI’s (adulto e infantil).
Orlandini espera que até o final deste ano “todos os trâmites burocráticos estejam resolvidos” para o início das obras de ampliação da unidade. “Em Bertioga, haverá duplicação do hospital e criação de uma unidade de urgência e emergência. A verba será planilhada por conta do projeto entregue hoje pelo prefeito Orlandini”, afirmou Davi Uip ontem.
Praia Grande
O secretário de Saúde de Praia Grande, Adriano Bechara, espera que ainda nesta semana o impasse envolvendo o Hospital Municipal Irmã Dulce esteja resolvido. O Município ameaçou fechar 50 leitos, no dia 1º de agosto, destinados ao atendimento regional para pressionar o Governo do Estado a mudar o convênio de termos aditivos. Praia Grande quer que o custeio seja pago em dia e sem burocracia e ainda pleiteia um aumento no valor mensal de R$ 900 mil para R$ 1,2 milhão.
Para o Estado o impasse já é página virada e a negociação agora é para a ampliação de leitos. “O Estado não deve nada ao Irmã Dulce. Inclusive está pagando na frente e confere a conta no mês seguinte. Isso já foi superado. O que nós estamos discutindo agora é a compra adicional de leitos. Para isso tem que ter um projeto de investimentos e de custeio. Então esse projeto vai ser discutido nessa semana”, explicou Davi Uip.
Sobre o aumento no valor do repasse mensal para R$ 1,2 milhão, Uip respondeu: “com certeza vai ter mais do que isso por conta da compra dos hospitais terciários: urgência e emergência, ortopedia e neurologia”.
Guarujá
A primeira rodada de negociação da Prefeitura de Guarujá com o Governo do Estado por meio da Agência de Saúde abrange investimentos para o Hospital Emílio Ribas II, que deverá ser inaugurado em outubro, e o Centro de Referência da Mulher.
O secretário de Saúde de Guarujá, Cássio Luiz Rosinha, falou ainda que outro avanço na saúde em Guarujá é a implantação da maternidade no Hospital Santo Amaro (HSA), totalmente custeada pelo Município. “Este ano repassamos R$ 2 milhões (à maternidade no HSA) e mais R$ 1 milhão no ano que vem para investimento e mais R$ 110 mil mensais de custeio”, afirmou Rosinha.
Mas ontem, o secretário fez novos pedidos ao Governo do Estado. “Agora nós estamos reivindicando para a segunda rodada uma Unidade Básica de Saúde e a construção de um novo Centro de Referência e Especialidades ou ARE (Ambulatório de Referência e Especialidade) para a região de Vicente de Carvalho.
O projeto (ARE) ainda será encaminhado ao Governo do Estado”. O UBS já foi entregue. Com a criação do Centro de Referência e Especialidades, Rosinha propõe uma troca ao Estado uma vez que o ambulatório daria suporte ao Hospital Emílio Ribas II.
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