Saúde

UIP chama a atenção para política de recursos humanos na saúde pública

Na reunião mensal de ontem, o coordenador da Agência de Saúde Davi Uip recebeu novas reivindicações e projetos dos secretários presentes, que serão encaminhadas ao Estado

Publicado em 13/01/2013 às 21:50

Compartilhe:

Agora foi a vez de Cubatão sediar a reunião técnica mensal da Agência de Saúde da Baixada Santista. O encontro foi realizado no gabinete da prefeita Márcia Rosa, na manhã de ontem.

Além da prefeita anfitriã, participaram da reunião o prefeito de Bertioga Mauro Orlandini, os secretários de Saúde dos nove municípios da Região e o coordenador da Agência de Saúde, o médico infectologista Davi Uip, que também é assessor especial da Secretaria de Estado da Saúde. Na pauta da reunião, novas reivindicações e a discussão de uma nova política de recursos humanos na Região Metropolitana.

Os secretários de Saúde Jocele Batista Pereira (Cubatão) Cássio Luiz Rosinha (Guarujá) aproveitaram a ocasião para fazer novas reivindicações, enquanto que o prefeito de Bertioga entregou o projeto de ampliação do Hospital Municipal para atendimento de alta complexidade.

Davi Uip ouviu e ponderou sobre todas as reivindicações posicionando as prefeituras de que o Estado vai colaborar com a infraestrutura necessária à regionalização do atendimento SUS na Baixada, mas chamou a atenção dos gestores da saúde para a discussão de uma política de recursos humanos englobando desde a valorização salarial de médicos e profissionais da saúde em geral, qualificação profissional e elaboração de um plano de cargos e carreiras.

“O Estado atendeu todas as reivindicações que já foram feitas. Já foram liberados R$ 112 milhões. Os primeiros R$ 90 milhões combinados e agora com a ampliação da necessidade de investimentos em Peruíbe, nos vamos reformar e construir um hospital municipal aumentando de R$ 5 milhões para R$ 7 milhões, o que é acima dos R$ 90 milhões”, explicou Davi Uip, acrescentando ainda que os R$ 112 milhões já previstos subira para R$ 117 milhões.

Cubatão

A secretária de Saúde de Cubatão Jocelene Pereira apresentou uma série de reivindicações para Uip. “Para o Município, nós pedimos a construção de um prédio novo para o Ambulatório de Especialidades. Nós já temos prédio, mas está com graves problemas estruturais. Nós não temos dinheiro nesse momento.

Nós tínhamos pedido um AME (Ambulatório Médico de Especialidades), mas o Estado não está mais financiando o AME. Paralelo a isso, a gente pediu investimentos no SAMU industrial e apoio para mobiliário de Unidade Básica de Saúde”.

Jocelene também fez reivindicações para a Região como um todo. “Pedimos o retorno da regulação de urgência e emergência para a Baixada, que hoje está centralizada em São Paulo, para que a gente possa fazer o plano operativo do Hospital Guilherme Álvaro que é regional, mas a gente não participa das definições técnicas dele e precisaríamos rever isso”, afirmou a secretária de Cubatão.

Jocelene também focou na questão dos recursos humanos. “Pautamos ainda a discussão de recursos humanos na urgência e emergência porque a Baixada é uma rede. Todo mundo tem o mesmo problema que é o aumento da população durante o verão e feriados e todas as cidades tem que se qualificar, ter como atender urgência e emergência, nós precisamos criar referências nas cidades polo para atender alta complexidade, UTI e ortepedia.

O primeiro suporte de vida todo mundo tem que ter condição de dar e isso não existe. A situação da Baixada é crítica, os indicadores de saúde são ruins e é uma temeridade continuar nesse panorama. O Estado não fez (anteriormente) os investimentos necessários, por isso o governador indicou, paralelo ao trabalho da Diretoria Regional de Saúde, que o Dr. Davi Uip focasse um trabalho de agência para fomentar essa discussão”, concluiu.

Bertioga

Bertioga receberá um aporte de R$ 5 milhões do Governo do Estado para ampliação de leitos no Hospital Municipal e atendimento de alta complexidade, que é inédito no município, segundo o prefeito Mauro Orlandini. O número de leitos passará de 50 para 80, sendo 20 de UTI’s (adulto e infantil).

Orlandini espera que até o final deste ano “todos os trâmites burocráticos estejam resolvidos” para o início das obras de ampliação da unidade. “Em Bertioga, haverá duplicação do hospital e criação de uma unidade de urgência e emergência. A verba será planilhada por conta do projeto entregue hoje pelo prefeito Orlandini”, afirmou Davi Uip ontem.

Praia Grande

O secretário de Saúde de Praia Grande, Adriano Bechara, espera que ainda nesta semana o impasse envolvendo o Hospital Municipal Irmã Dulce esteja resolvido. O Município ameaçou fechar 50 leitos, no dia 1º de agosto, destinados ao atendimento regional para pressionar o Governo do Estado a mudar o convênio de termos aditivos. Praia Grande quer que o custeio seja pago em dia e sem burocracia e ainda pleiteia um aumento no valor mensal de R$ 900 mil para R$ 1,2 milhão.

Para o Estado o impasse já é página virada e a negociação agora é para a ampliação de leitos. “O Estado não deve nada ao Irmã Dulce. Inclusive está pagando na frente e confere a conta no mês seguinte. Isso já foi superado. O que nós estamos discutindo agora é a compra adicional de leitos. Para isso tem que ter um projeto de investimentos e de custeio. Então esse projeto vai ser discutido nessa semana”, explicou Davi Uip.

Sobre o aumento no valor do repasse mensal para R$ 1,2 milhão, Uip respondeu: “com certeza vai ter mais do que isso por conta da compra dos hospitais terciários: urgência e emergência, ortopedia e neurologia”.

Guarujá

A primeira rodada de negociação da Prefeitura de Guarujá com o Governo do Estado por meio da Agência de Saúde abrange investimentos para o Hospital Emílio Ribas II, que deverá ser inaugurado em outubro, e o Centro de Referência da Mulher.

O secretário de Saúde de Guarujá, Cássio Luiz Rosinha, falou ainda que outro avanço na saúde em Guarujá é a implantação da maternidade no Hospital Santo Amaro (HSA), totalmente custeada pelo Município. “Este ano repassamos R$ 2 milhões (à maternidade no HSA) e mais R$ 1 milhão no ano que vem para investimento e mais R$ 110 mil mensais de custeio”, afirmou Rosinha.

Mas ontem, o secretário fez novos pedidos ao Governo do Estado. “Agora nós estamos reivindicando para a segunda rodada uma Unidade Básica de Saúde e a construção de um novo Centro de Referência e Especialidades ou ARE (Ambulatório de Referência e Especialidade) para a região de Vicente de Carvalho.

O projeto (ARE) ainda será encaminhado ao Governo do Estado”. O UBS já foi entregue. Com a criação do Centro de Referência e Especialidades, Rosinha propõe uma troca ao Estado uma vez que o ambulatório daria suporte ao Hospital Emílio Ribas II.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cotidiano

Microsoft abre várias vagas no formato home office

Empresa é uma das maiores em tecnologia no mundo

Diário Mais

Festival do Camarão termina neste domingo (15), no Litoral de SP

Evento já serviu mais de mil pratos, pelos quais oferece uma experiência culinária única

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter