Bioquímica revela método fácil para transformar batata em aliada da dieta e da saúde intestinal / Foto: Reprodução/Freepik
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Cozinhar e esfriar a batata na geladeira é um truque simples que pode transformar o alimento em um grande aliado da saúde e da boa forma.
O método, divulgado por uma especialista, modifica a estrutura do carboidrato, trazendo uma série de benefícios.
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A técnica, que também funciona para arroz, macarrão e batata-doce, torna o amido mais resistente, promovendo maior saciedade, evitando picos de glicose e agindo como um prebiótico para o intestino.
Além de fácil, o processo é extremamente versátil. A bioquímica e bióloga molecular Ariadna Subasic assegura que, após esfriar, a batata pode ser reaquecida sem perder suas novas propriedades benéficas, facilitando a inclusão em diversas receitas do dia a dia.
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Muita gente evita a batata por ver nela um carboidrato vilão. No entanto, a chave não é demonizar o alimento, mas entender como prepará-lo da melhor forma.
Em um vídeo, a bioquímica Ariadna Subasic começa perguntando: "Você sabia que pode comer mais batatas e ganhar menos peso?".
A explicação para isso está na ciência. "A batata é composta principalmente de amido, um polissacarídeo formado por muitas moléculas de glicose ligadas entre si", explica a especialista em um vídeo para o seu Tik Tok.
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O segredo, portanto, está em alterar a forma como esse amido é digerido pelo nosso corpo.
O truque não poderia ser mais simples. Segundo Subasic, basta: "Depois de ferver a batata, colocamos na geladeira e deixamos esfriar". Essa ação aparentemente banal desencadeia um processo científico chamado retrogradação.
Na prática, a estrutura do amido muda, ficando "mais compacto e cristalino". Essa transformação é a responsável por garantir que ele "não cause tantos picos de glicose" durante a digestão, tornando-o muito mais amigável para quem busca equilíbrio alimentar.
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Ao resfriar a batata, o amido comum se transforma em amido resistente. Essa mudança gera vários efeitos positivos para o organismo. Primeiro, esse novo amido é "mais resistente à digestão", não se quebrando no intestino delgado.
Por isso, ele é mais saciante e não causa picos de açúcar no sangue. Mas os benefícios não param por aí. Ele também atua como um poderoso prebiótico. "Como não o digerimos, ele chega ao cólon, onde vive a maioria das bactérias intestinais", detalha a bióloga molecular.
Lá, essas bactérias boas fermentam o amido. Esse processo gera ácidos graxos de cadeia curta, que são fundamentais para proteger o intestino e têm importantes "efeitos anti-inflamatórios" para todo o corpo.
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Sim, e essa é uma das melhores partes! Ariadna Subasic deixa claro que "o mesmo truque funciona com outros alimentos ricos em amido, como arroz, macarrão ou batata-doce". Ou seja, é uma técnica versátil que pode ser aplicada à base da alimentação de muitas pessoas.
Portanto, da próxima vez que cozinhar uma porção de arroz ou batata para a semana, lembre-se de armazená-la na geladeira após esfriar. Esse gesto simples é um upgrade gratuito na qualidade nutricional da sua refeição. Como conclui a especialista: "Você sabe: cozinhe a batata e deixe esfriar".
O canal "Se Vira nos 50" tem um vídeo com uma dica de ouro sobre como guardar a batata para protegê-la ainda mais:
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