Estudos recentes destacam seu potencial para apoiar o funcionamento do coração, do cérebro e do sistema hormonal / Unsplash/Dixit Dhinakaran
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Durante décadas, um óleo vegetal comum nas cozinhas rurais da Polônia acabou relegado ao esquecimento, substituído por opções mais populares como canola e girassol. Agora, esse ingrediente antigo ressurge como um aliado da saúde cardiovascular e do controle da glicemia, especialmente porque apenas uma colher de chá diária já fornece uma dose relevante de nutrientes essenciais.
Produzido a partir da planta camelina sativa, o óleo voltou às prateleiras europeias com outro status: não mais uma alternativa simples à gordura animal, mas um produto valorizado pela alta concentração de ácidos graxos insaturados.
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Estudos recentes destacam seu potencial para apoiar o funcionamento do coração, do cérebro e do sistema hormonal, o que tem impulsionado o seu retorno à mesa.
Embora o nome tradicional polonês lembre o cogumelo lactário de açafrão, o óleo em questão não tem qualquer relação com fungos. Ele é obtido das sementes marrom-ferrugem da camelina sativa, planta que já cobriu grandes extensões de lavouras europeias.
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Por crescer facilmente, a camelina era vista como solução rápida para suprir a falta de manteiga ou banha nas cozinhas de antigamente – daí a expressão popular equivalente a “melhor isso do que nada”.
Com o avanço dos óleos refinados, o ingrediente perdeu espaço. Mas o interesse moderno por alimentos integrais e fontes naturais de gordura saudável reacendeu o consumo do óleo de camelina, especialmente em sua versão prensada a frio, mais rica em componentes bioativos.
O óleo da camelina se destaca por oferecer proporções favoráveis de ômega-3 e ômega-6, combinação que auxilia a regulação do colesterol, a saúde cardiovascular e o bom funcionamento dos sistemas nervoso e endócrino. Além dos ácidos graxos, ele concentra vitaminas A, E e complexo B, reconhecidas por sua ação antioxidante.
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Essa composição ajuda a reduzir o estresse oxidativo, fortalecer a imunidade e desacelerar processos de envelhecimento celular.
Outro ponto de destaque é o apoio ao equilíbrio da glicose no sangue, aspecto especialmente relevante para pessoas que buscam mais estabilidade metabólica no dia a dia.
Especialistas apontam ainda que a falta desses nutrientes na alimentação está associada a dificuldades de concentração, lapsos de memória e sensação de cansaço – fatores que reforçam o valor do óleo de camelina como complemento nutricional simples e acessível.
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Para preservar suas propriedades, o óleo deve ser consumido cru, nunca aquecido. Ele combina bem com:
A recomendação mais comum é de 1 a 2 colheres de chá por dia.
Fora da alimentação, a camelina também ganhou espaço na rotina de cuidados pessoais. Graças ao teor elevado de vitamina E, o óleo atua como regenerador natural da pele, auxiliando na hidratação e no brilho dos fios. Para manter sua qualidade, deve ser armazenado em local fresco e protegido da luz.
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Redescoberto após décadas, o óleo de camelina deixa de ser apenas um vestígio do passado agrícola europeu e volta a ocupar lugar de destaque na nutrição moderna.
Entre tradição e ciência, transforma-se em um aliado simples e potente para quem busca uma dieta mais equilibrada e rica em gorduras saudáveis.