Segundo o Estado, há quatro casos suspeitos, um em Cubatão e três em São Vicente / Divulgação
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A Secretaria de Saúde do Estado apontou um caso suspeito de microcefalia associado ao zika vírus em Cubatão. A suspeita é a primeira na cidade. Ainda segundo o Governo Estadual, mais três suspeitas estão aguardando confirmação na Baixada Santista, todas em São Vicente.
A Prefeitura de Cubatão não confirma a informação, apesar de a assessoria de imprensa do Estado afirmar que todos os casos e dados são transmitidos pelas secretarias municipais de saúde. Segundo a Administração cubatense, “não há nenhum caso confirmado de microcefalia ligada ao zika vírus no município”.
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Dois casos de microcefalia foram registrados na cidade entre o final de 2015 e o início de 2016, segundo informou a assessoria de imprensa da Prefeitura. “Um caso foi investigado e constatou-se que não havia qualquer ligação dos pais com dengue, zika ou chikungunya. A mãe da criança era portadora de sífilis. O outro caso registrado de microcefalia era referente a um bebê prematuro, sem qualquer ligação com o zika vírus”, garante.
A Secretaria de Saúde da cidade informa ainda que, quando há um caso de microcefalia, são feitos vários exames para se identificar a causa, como sífilis ou toxoplasmose, entre outras doenças. Em caso negativo, passa a se investigar se o caso tem relação com o zika vírus. Esta nova investigação dura de duas semanas a um mês.
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“Vale ressaltar que, ao contrário do que está sendo divulgado, este não é o primeiro caso de microcefalia com suposta ligação ao zika vírus. Outros casos em Cubatão foram investigados e deram negativo. Todos os casos suspeitos são investigados.
A notificação vem do Governo do Estado porque os testes são feitos pelo Instituto Adolfo Lutz. Em caso de confirmação de microcefalia ligada ao zika vírus, o secretário de Saúde do município, onde foi coletado o exame, é notificado”, completa.
No estado
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Desde novembro de 2015, os municípios paulistas notificaram 140 casos de microcefalia, dos quais 24 se enquadram nos critérios para definição de caso suspeito com possível associação ao zika: as gestantes apresentaram exantema (manchas avermelhadas pelo corpo) durante a gestação, tiveram exames negativos para rubéola, toxoplasmose, sífilis, herpes e citomegalovírus e os bebês nasceram com perímetro cefálico igual ou inferior a 32 centímetros.
Os 24 casos de microcefalia possivelmente associados ao zika vírus são dos seguintes municípios de residência das mães: Arujá, Campinas (2), Cubatão, Estiva Gerbi, Guarulhos, Mogi Guaçu, Ribeirão Preto (2), Santo André, São José do Rio Preto (4), São Paulo (6), São Vicente (3) e Sumaré. Segundo a assessoria, nenhum caso ainda obteve confirmação. O Estado aguarda o desenvolvimento do exame específico para confirmar os números.
Dos 140 casos notificados de microcefalia, 29 foram descartados para microcefalia por infecção congênita, isto é, são relacionados à outras síndromes, intoxicação exógena, ou mesmo, reavaliação do perímetro cefálico.
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Em relação ao vírus zika, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo informa que teve 20 casos autóctones ocorridos desde 2015 (um na cidade de Americana, dois em Campinas, um em Bauru, dois em Jardinópolis, um em Osasco, um em Piracicaba, dois em Sumaré, nove em Ribeirão Preto e um em São José do Rio Preto).
Há ainda 18 casos importados, ou seja, o vírus foi contraído em outros estados, e 12 casos suspeitos estão sendo investigados nos municípios do estado, mas ainda não é possível afirmar se esses casos são autóctones ou importados. A rede sentinela contra zika implantada pela Secretaria vem monitorando a circulação do vírus no estado.
Por meio da rede de laboratórios do Instituto Adolfo Lutz, a Secretaria de Saúde do Estado vem realizando testes de RT-PCR (Reação em Cadeia da Polimerase, com Transcriptase Reversa, em Tempo Real) em amostras que deram negativas para dengue, visando identificar o genoma do Zika vírus. Esses exames são aplicados, sobretudo, em regiões em que há notificação de casos de microcefalia.
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