Saúde

Seu cérebro está cada vez mais doente e podre por causa dos vídeos em redes sociais

Estudo revela como rolagem infinita altera o cérebro e reduz atenção, causando diversos problemas na saúde mental

Agência Diário

Publicado em 07/09/2025 às 11:58

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Pesquisadores mostram que dependência de vídeos curtos prejudica escolhas / Freepik

Continua depois da publicidade

A sensação de “névoa mental” após passar horas rolando vídeos curtos já tem nome: “brain rot”, ou podridão cerebral. Pesquisadores explicam como esse vício digital afeta o cérebro e a forma de tomar decisões.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

O cérebro, aliás, é um sistema tão complexo que exige muita atenção e cuidado. Recentemente, um estudo fez um novo um alerta sobre o efeito do álcool na saúde do orgão. A novidade reforçou a tese relacionada aos cuidados com a ingestão de bedidas alcóolicas.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Os cinco segredos que deixam seu cérebro mais forte segundo a neurociência

• Neurocientista revela o que gênios como Einstein e Hawking faziam para ter ideias brilhantes

• Dia do sexo: neurocientista explica como funciona nosso cérebro durante a relação

Segundo estudo publicado na revista Neuro Image, o consumo excessivo de vídeos rápidos reduz a sensibilidade a perdas e deixa o processamento mental mais lento.

Isso significa que a rolagem infinita pode transformar até tarefas simples em desafios, além de influenciar escolhas impulsivas e prejudicar a concentração diária.

Continua depois da publicidade

Os vídeos curtos foram popularizados por plataformas como o TikTok / Pixabay
Os vídeos curtos foram popularizados por plataformas como o TikTok / Pixabay
O Instagram também é um dos líderes de audiência no formato / Pixabay
O Instagram também é um dos líderes de audiência no formato / Pixabay
Mas, o alerta dado é que o formato suga a atenção e traz problemas / Pixabay
Mas, o alerta dado é que o formato suga a atenção e traz problemas / Pixabay
Sem cuidado e atenção ao consumir vídeos curtos, o problema pode se tornar um caminho sem volta / Pixabay
Sem cuidado e atenção ao consumir vídeos curtos, o problema pode se tornar um caminho sem volta / Pixabay

Rolagem infinita e vício digital

O formato de rolagem infinita não surgiu por acaso. Ele foi criado para prender a atenção do usuário e estimular o consumo contínuo, tornando difícil interromper a experiência sem esforço consciente.

Vídeos curtos trazem recompensas imediatas em forma de estímulos rápidos e fragmentados. Esse modelo ativa circuitos de prazer no cérebro, incentivando que a pessoa continue consumindo por longos períodos.

Veja também: O que acontece com seu cérebro quando você sente um cheiro e lembra de alguém.

Continua depois da publicidade

A consequência é um ciclo de dependência, no qual a busca por novos conteúdos impede pausas saudáveis. Assim, a mente passa a operar em um ritmo acelerado e pouco reflexivo, moldado pelo vício digital.

O canal Eslen Rodrigues explica como esse problema pode impactar:

Consequências ignoradas

O estudo revelou que o excesso de vídeos curtos reduz a aversão à perda. Essa reação natural é essencial para evitar riscos, mas torna-se enfraquecida quando o cérebro se acostuma à rolagem infinita.

Continua depois da publicidade

Pessoas mais viciadas apresentaram baixa atividade no pré-cúneo, área ligada à avaliação de resultados. Isso dificulta perceber riscos reais, levando a escolhas apressadas e sem reflexão adequada.

O alerta dos pesquisadores foi claro: “quanto mais alguém estava viciado em vídeos curtos, menos sensível era às perdas potenciais”. Em outras palavras, as decisões tornam-se impulsivas e perigosas.

Efeito da névoa mental

Outro impacto importante identificado é o “brain rot”, ou podridão cerebral, reconhecido como uma "névoa mental". Essa condição prejudica a clareza do pensamento, tornando tarefas simples mais lentas e exigindo maior esforço cognitivo.

Continua depois da publicidade

Usando modelos de decisão, os cientistas perceberam que usuários dependentes processam informações mais devagar. Essa lentidão compromete tanto o foco quanto a eficiência das atividades diárias.

A fadiga mental resultante desse processo faz com que até pequenas escolhas se tornem desgastantes. Com o tempo, o cérebro perde agilidade e concentração, reforçando o ciclo do vício digital.

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software