Pesquisadores mostram que dependência de vídeos curtos prejudica escolhas / Freepik
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A sensação de “névoa mental” após passar horas rolando vídeos curtos já tem nome: “brain rot”, ou podridão cerebral. Pesquisadores explicam como esse vício digital afeta o cérebro e a forma de tomar decisões.
O cérebro, aliás, é um sistema tão complexo que exige muita atenção e cuidado. Recentemente, um estudo fez um novo um alerta sobre o efeito do álcool na saúde do orgão. A novidade reforçou a tese relacionada aos cuidados com a ingestão de bedidas alcóolicas.
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Segundo estudo publicado na revista Neuro Image, o consumo excessivo de vídeos rápidos reduz a sensibilidade a perdas e deixa o processamento mental mais lento.
Isso significa que a rolagem infinita pode transformar até tarefas simples em desafios, além de influenciar escolhas impulsivas e prejudicar a concentração diária.
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O formato de rolagem infinita não surgiu por acaso. Ele foi criado para prender a atenção do usuário e estimular o consumo contínuo, tornando difícil interromper a experiência sem esforço consciente.
Vídeos curtos trazem recompensas imediatas em forma de estímulos rápidos e fragmentados. Esse modelo ativa circuitos de prazer no cérebro, incentivando que a pessoa continue consumindo por longos períodos.
Veja também: O que acontece com seu cérebro quando você sente um cheiro e lembra de alguém.
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A consequência é um ciclo de dependência, no qual a busca por novos conteúdos impede pausas saudáveis. Assim, a mente passa a operar em um ritmo acelerado e pouco reflexivo, moldado pelo vício digital.
O canal Eslen Rodrigues explica como esse problema pode impactar:
O estudo revelou que o excesso de vídeos curtos reduz a aversão à perda. Essa reação natural é essencial para evitar riscos, mas torna-se enfraquecida quando o cérebro se acostuma à rolagem infinita.
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Pessoas mais viciadas apresentaram baixa atividade no pré-cúneo, área ligada à avaliação de resultados. Isso dificulta perceber riscos reais, levando a escolhas apressadas e sem reflexão adequada.
O alerta dos pesquisadores foi claro: “quanto mais alguém estava viciado em vídeos curtos, menos sensível era às perdas potenciais”. Em outras palavras, as decisões tornam-se impulsivas e perigosas.
Outro impacto importante identificado é o “brain rot”, ou podridão cerebral, reconhecido como uma "névoa mental". Essa condição prejudica a clareza do pensamento, tornando tarefas simples mais lentas e exigindo maior esforço cognitivo.
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Usando modelos de decisão, os cientistas perceberam que usuários dependentes processam informações mais devagar. Essa lentidão compromete tanto o foco quanto a eficiência das atividades diárias.
A fadiga mental resultante desse processo faz com que até pequenas escolhas se tornem desgastantes. Com o tempo, o cérebro perde agilidade e concentração, reforçando o ciclo do vício digital.